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Uma ideia chamada Grendel

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Os anos 80 permitiram a muitos autores norte-americanos de banda desenhada montarem uma carreira onde podiam explorar as suas próprias ideias. Uma das editoras receptiva a este género de artistas era a Comico, que pegou num jovem da Pensilvânia chamado Matt Wagner. A primeira série desenvolvida para a editora foi Grendel, que combinava o gosto de Wagner por crime noir pelo seu interesse no romance Grendel, de John Gardner, que contava o épico de Beowulf, mas da perspectiva do monstro.

Grendel pode ter começado como a história de um criminoso culturalmente sofisticado, mas com o passar dos anos a história evoluiu, adoptando roupagens de ficção científica e de terror, onde Wagner, mais tarde apenas como escritor, viria a misturar vampiros, samurais, ciborgues, incesto e uma guerra entre estado, corporações e religião. Para todos os efeitos, Grendel começou em 1982 com a primeira história que introduziu o assassino Hunter Rose, e terminou em 2000 com o livro ilustrado Past Prime, com o ciborgue Grendel-Prime, mais de 500 anos depois de Hunter Rose ter vivido. No entanto, o tema continua a ser revisitado, viajando entre o passado e o futuro.

Basicamente, a história de Grendel divide-se em quatro partes, que são correspondentes às quatro edições Omnibus que a Dark Horse Comics lançou entre 2012 e 2013.

Fase 1: Hunter Rose


Hunter Rose é o mais famoso de todos os que usaram o nome Grendel e, estranhamente, durante muitos anos, foi o que teve menos histórias. Rose começou numa antologia dedicada ao lançamento de novas propriedades (Grendel surgiu no nº 2 da revista Primer; The Maxx, de Sam Kieth, teve a sua origem no nº 5) e daí saltou para a sua revista a preto e branco, que foi cancelada após três números, devido às dificuldades financeiras da Comico. A pequena editora tentou entrar nas bancas e nas livrarias, mas, sem meios, acabou por necessitar de um novo proprietário.

Matt Wagner aproveitou para reorganizar a história e, quando a Comico regressou, desta vez com revistas a cores, em vez de relançar Grendel, resolveu contar uma graphic novel curta em capítulos, como história extra do seu outro título, Mage, que se apropriava da história do Rei Artur num ambiente urbano. Intitulada “Devil by the Deed”, foi republicada como uma edição especial em 1986, e contava sob a forma de documentário a curta mas intensa história de Hunter Rose, que morreu aos 20 anos, em combate com o lobisomem Argent, depois de ter-se simultaneamente tornado um famoso escritor policial e tomado conta do submundo do crime no espaço de dois anos.

Embora o falecido Hunter Rose continuasse a ser a peça motriz das primeiras 19 edições da futura revista de Grendel, Matt Wagner apenas voltou a pegar na personagem em 1998 e em 2002, com as mini-séries antológicas “Red, White and Black” e “Black, White and Red”. Wagner trabalhou com diversos artistas nas várias histórias, que preencheram com pormenores a história do primeiro Grendel.

Fase 2: A neta de Grendel

A primeira edição de Grendel não tinha a personagem principal na capa nem na história. Pelo menos, não directamente. Em vez disso, a história era contada do ponto de vista da jornalista Christine Spar, filha biológica de Stacy Palumbo, menina adoptada por Hunter Rose depois de Grendel ter assassinado o seu pai. Spar era jornalista e ganhou fama ao escrever o livro com a história de Grendel. Aqui, Wagner passou a concentrar-se na escrita, deixando a arte para os irmãos Jacob e Arnold Pander.

Christine vê-se forçada a usar a máscara e a arma de Grendel (uma forquilha eléctrica) para investigar o rapto e morte do seu filho Anson pelo vampiro Tujiro XIV, levando a um inevitável confronto mortal com o lobisomem Argent, depois de Christine se transfigurar completamente em Grendel. Apesar de se passar num futuro próximo na primeira metade do século XXI, Wagner não tem problemas em usar elementos sobrenaturais em detrimento da ficção científica, como lobisomens, vampiros ou possessão demoníaca.

A história continua brevemente com Brian Li Sung, namorado de Christine, que não se adapta ao novo papel como Grendel e o vê ser morto num confronto directo com o capitão da polícia de Nova York, Albert Wiggins. Volvidos quinze números, e por sugestão do artista Bernie Mireault, Wagner começou a explorar a ideia de Grendel poder possuir mais do que uma pessoa ao mesmo tempo. Os primeiros passos são dados numa série de quatro números em que Wagner volta a desenhar, em que Wiggins se torna famoso como autor de uma série de livros de ficção com Hunter Rose, garantindo assim a propagação de Grendel. Com o passar do tempo, Wiggins começa a enlouquecer e também conhece um fim trágico.

Fase 3: Da incubação a Grendel-Khan


Durante as próximas edições, Grendel parece estar adormecido. Com a morte de Wiggins, Matt Wagner leva a história a passos largos para o futuro, com as corporações a tomarem conta da América do Norte e consequente desagregação do tecido social. Através das histórias de Grendel contados por Wiggins e a sua transformação em programação televisiva subliminal, o nome passa a estar associado ao elemento criminoso, com os membros das gangues mais organizadas a chamarem-se Grendels a si próprios.

Mas a Igreja Católica estabelece-se na América e associa a figura de Grendel ao diabo, tornando-os uma só pessoa. A antiga organização religiosa reinventa-se completamente no novo território, associando imagens de Elvis Presley à sua galeria de santos, e instituindo uma nova Inquisição, depois de se fundir com a COP, a polícia corporativa. As actividades da igreja atraem a atenção de duas pessoas, um auditor chamado Orion Assante, que pertence a uma das famílias da aristocracia norte-americana, e Eppy Thatcher, um génio maníaco que torna-se a primeira pessoa em mais de 500 anos a usar a máscara de Grendel. As revelações sobre o papa Inocente XVII como sendo, na verdade, o vampiro Tujiro e o plano da igreja para tentar destruir o Sol podem fazer Thatcher parecer um herói, mas na verdade ele é um anarquista movido por vingança e paranóia.

As acções de Thatcher e as maquinações da igreja motivam Assante a envolver-se numa demanda político-militar. A sociedade americana entra em colapso devido à multiplicação desenfreada de vampiros (Pellon Cross, o novo líder depois da morte de Tujiro, morde pessoas constantemente) e à destruição do aparelho social da igreja. Entretanto, Orion estava ocupado a conquistar novos territórios, na América do Sul e na África, e usa a arma de Tujiro para devastar o Japão, assegurando que o espírito de Grendel conquista a Terra.

Fase 4: Grendel-Prime

A fase seguinte para todos os efeitos termina a saga de Grendel, mas com Matt Wagner a conseguir levar a propriedade da semi-falida Comico para a Dark Horse. Depois de ter dado à luz o seu filho num útero artificial, Orion Assante, agora o Grendel-Khan, morre deixando a regência nas mãos da segunda mulher, a autocrata Laurel Kennedy. No entanto, o tecido social volta a romper-se nos vários continentes e, antevendo a quebra da sociedade, Assante tinha dado ordem a um Grendel, um ciborgue conhecido como Grendel-Prime, para raptar e esconder o seu filho, Jupiter.

Crescendo até à idade adulta, Jupiter não teve dificuldades em assumir o comando no cada vez mais desordenado império americano, mas também ele viria a sucumbir a um assassinato anos mais tarde. A forma de Grendel já dominava o mundo, contaminando a ordem social como uma força paramilitar inspirada em samurais, mas não parece haver mais espaço de manobra para crescer. A sociedade do século XXVIII parece ser uma mistura de barbarismo e tecnologia avançada, num conflito entre os resultados desta e a natureza.

A história continua noutros formatos, na novela ilustrada Past Prime, onde Susan Verhagen, ex-amante de Crystal Kennedy, filha de Laurel e aliada de Jupiter, procura encontrar o desaparecido Grendel-Prime depois de ter caído em desgraça. Na história “Devil Quest”, incluída numa das séries de Grendel Tales, é o neto de Jupiter que vai à procura do ciborgue. Mas já não havia mais nada a explorar neste período. Então, Matt Wagner virou-se novamente para o passado, editando novas histórias com Hunter Rose.

Mundos parelelos: Batman e contos de Grendel



Fora da revista normal, foram publicadas muitas outras histórias de Grendel. As mais interessantes e de melhor qualidade são os dois crossovers com Batman, o primeiro com uma visita de Hunter Rose a Gotham City e o segundo com Grendel-Prime a viajar para o passado para encontrar a caveira de Rose.

Matt Wagner também explorou alguns mundos paralelos, nomeadamente uma mini-série com a origem do lobisomem Argent, intitulada Silverback. Pouco antes do fecho da Comico, Wagner tinha planeado iniciar uma série antológica chamada Grendel Tales, para contar histórias dos vários clãs de Grendels que infestavam o ambiente urbano da América futura, da autoria de outros escritores e artistas. Foram publicadas oito mini-séries, onde trabalharam nomes como James Robinson, Paul Grist, Darko Macan ou Steve Lieber.

Mais recentemente, Wagner regressou mais uma vez a Hunter Rose, para um crossover nos anos 30 com o Sombra, via viagem no tempo, e publicado pela Dynamite Entertainment em 2014.











Capas: Wonder Woman #38

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Poderosa capa de David Finch para a série Wonder Woman!
Para quem não sabe, a série mudou de dupla criativa no número 35. David Finch (desenho) e Meredith Finch (argumento) substituíram respectivamente Cliff Chiang e Brian Azzarello que comandavam desde há 3 anos os destina da Mulher Maravilha.

A Wonder Woman incarna nesta capa o Deus da Guerra, e caramba, acho que lhe vestiu mesmo a pele nesta capa de David Finch.
Infelizmente parece que este novo take da personagem pelo casal Finch está a ser fraquito, segundo algumas críticas que li. Apesar de Azzarello e Chiang terem pegado na Wonder Woman de uma maneira pouco normal conseguiram 35 números com uma qualidade acima da média, embora tenha havido "baixos" houve muitos "altos".

E não, não gosto de ver uma Wonder Woman desenhada com uma expressão adolescente... ela é uma mulher, e forte!
Já gora nesta revista dá-se o acontecimento porque muitos esparavam, o retorno de uma personagem que desapareceu com os Novos 52. Adivinham quem?




Boas leituras

Máquina do Tempo: Crise nas Infinitas Terras - No começo eram muitas

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Foi a primeira grande saga dos comics, Crise nas Infinitas Terras tinha como intento comemorar os 50 anos da DC e ao mesmo tempo resolver os problemas de cronologia e continuidade que assolavam a companhia. Estreou em Abril de 1985 e se prolongou por 12 edições, fora as edições mensais que estavam ligadas de forma directa ou indirecta, acabando a Março de 1986 e dando origem a um novo Universo DC.

Vou começar um texto com um aparte pessoal, eu era um "marvete" nos anos 80, já tinha lido aqui e ali edições da distinta concorrência e apesar de gostar de algumas histórias do Batman e da Liga da Justiça, eram as do Homem-Aranha, Vingadores, Homem de Ferro, Punho de Ferro, Mestre do Kung-fu e afins que mereciam a minha preferência. Mas um dia deram para a minha mão um Superamigos, o número 24, e fiquei completamente vidrado com aquilo que acontecia naquelas páginas, aquela saga onde heróis estavam a lutar contra um inimigo tão poderoso que os conseguia matar era demais para o meu coração jovem. Comecei assim a seguir com mais atenção as revistas da DC e por isso tenho sempre um carinho muito especial por esta saga.

Painel antes de Crisis
Esta pequena explicação serve ao mesmo tempo para mostrar o porquê da criação desta maxi-série, a cronologia da DC era um pouco confusa e afastava alguns novos leitores, com as várias versões dos mesmos heróis vivendo em várias terras diferentes. Vendo a concorrente Marvel a ganhar cada vez mais espaço no mercado, não foi por isso de estranhar que quem estivesse no poder da DC, achasse que era altura de grandes mudanças, e que melhor altura para isso do que no 50º aniversário da companhia?

Tanto a presidente Jennete Khan como os vice presidentes Dick Giordano e Paul Levitz. percebiam a importância e a necessidade de acontecer algo do género, Nas reuniões efectuadas escolheram a equipa criativa que ficaria à frente do evento, assim como ficaria definido que heróis poderiam morrer e quais sofreriam mudanças no final disto tudo. O escritor Marv Wolfman e o artista George Pérez, responsáveis pela revista dos Novos Titãs que vinha tendo muito sucesso, foram os escolhidos pelos responsáveis da DC, com o veterano Len Wein como editor da série. Giordano seria responsável pela arte-final, mas devido às suas outras funções a dada altura isso passou para Jerry Ordway.

Como sagas envolvendo todo um universo era algo de novo, os editores tiveram a difícil tarefa de fazer com que os escritores das várias revistas respeitassem o que ia acontecer. Num memorando enviado para todos, foi pedido para que usassem pelo menos duas vezes num ano a personagem do Monitor, o mesmo não deveria aparecer mas ser mencionado e representado de alguma forma. Maior parte dos autores optaram por aparições sombrias e dando a ideia de que aquela personagem seria um vilão, quer pelo texto quer pela forma como ele (não) era retratado.

Revistas como All Star Squadron, New Teen Titans, Firestorm e tantos outros seguiram isso à letra, muitas vezes mostrando vilões que pelos vistos recebiam as suas armas desse misterioso monitor. Foi essa a forma encontrada pelos autores e logicamente seguindo a ideia que já estava delineada por Wolfman. O autor foi a escolha certa para esta empreitada, ele era um ávido crítico dos problemas criados pelo Multiverso da DC, recordando que aquilo que havia começado como um sonho (a história Flash of Two Worlds), tinha se tornado um pesadelo por causa de escritores que usaram e abusaram desse conceito.

A história que mostrou o encontro entre os dois Flashs, e cimentou o conhecimento de existirem duas terras com os seus respectivos heróis, foi aquilo que despoletou o conceito do multiverso. Começaram a aparecer cada vez mais terras, a própria companhia incentivava isso, colocando heróis que tinha comprado de outras editoras em terras próprias, que por vezes se cruzavam com os da terra principal.

Para a história de Crisis, Wolfman usou conceitos que tinha de uma personagem que tinha idealizado há muitos anos, que colectava informação sobre todos os heróis e que se chamava o Bibliotecário, Mudando o nome para Monitor, mas mantendo algumas das características, estava assim encontrado aquele que viria a ser um dos principais rostos do que viria por aí.


Nascido na lua de OA, o Monitor apareceu logo após o big bang despoletado pela ânsia de conhecimento do alien Krona, que fez inadvertidamente com que fosse criado um universo positivo, e outro para contra balançar, um universo de anti-matéria que tinha um mundo quase igual a OA, chamado Qward, e na lua desse planeta nasceu o Anti-Monitor, o grande vilão que vinha assim balançar o poder do universo.

Os dois "irmãos" iram "acordar" quando o cientista Kell Mossa tenta testemunhar a criação do universo, fechando-se numa sala de anti-matéria rejeitando de forma arrogante os apelos de todos que o rodeavam e avisaram dos perigos que isso podia causar. Mossa aparentemente ajuda a que o Anti-Monitor comece a sua missão de destruir os diversos universos, lançando uma nuvem de anti-matéria que começou por destruir o próprio mundo do cientista, que é salvo pelo enigmático Monitor.

Ficando com o nome de Pária, ele é forçado a teleportar-se de mundo para mundo, de dimensão para dimensão, assistindo sem hipótese de fazer algo contra isso à destruição desses universos. Foi assim que o começamos a ver, sempre a chorar por ser o causador daquilo tudo mas que não podia fazer nada para o impedir, Encontramos universos conhecidos, como o que continha a versão maligna da Liga da Justiça, e víamos estes desaparecerem sem se perceber o porquê. Na terra três vemos ser salvo o Alexander Luthor, ainda um bebé e que é colocado dentro de um foguete (ah a ironia), que mais tarde viria a revelar-se um dos elementos mais importantes da história.

Por outro lado, começava-se a ver mais do monitor e da sua ajudante, a Harbinger (Precursora) que tinha alguns poderes (voava e podia multiplicar-se) e ajudou o monitor a colocar o seu plano em prática e a juntar diversos heróis de diversas terras no seu satélite. Foi com essa imagem icónica, como só Perez poderia retratar, que começou a sério a aventura que nos iria apaixonar a todos.

Arion, Blue Beetle, Cyborg, Dawnstar, Doctor Polaris Firebrand, Firestorm, Geo-Force, Green Lantern (John Stewart), Killer Frost, Obsidian, Psimon, Psycho-Pirate, Solovar e Superman (Earth-Two) apareciam assim juntos no mesmo espaço. Heróis e vilões de diversas terras, uns nem se conheciam, outros já se tinham cruzado, e todos com alguma importância para o que viria acontecer.

Mas isso fica para a segunda parte destes artigos a comemorar o aniversário deste mega evento.









Esta foi a primeira parte de sobre este tema.

Capas Imaginárias: Capitão Falcão #1 & Capitão Falcão #3

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Capas que um dia teriam sido possíveis se o Capitão Falcão tivesse sido publicado em banda desenhada nos anos 60 em Portugal! A primeira tem como autor Henryk Valadas e a "capa" seguinte foi retirada do blogue de cinema Cine 31 (desconheço o nome do desenhador).

Mais abaixo têm dois trailers do filme que estreia hoje, e ainda mais abaixo um magnífico poster da Carla Rodrigues, e mais abaixo uma comparação entre uma imagem oficial do filme em comparação com a capa do Batman #9 que consagra o gosto pela BD de João Leitão, o mentor deste projecto.

Este filme, que como disse atrás estreia hoje dia 23 de Abril de 2015,conta com a participação de Gonçalo Waddington, David Chan, José Pinto, Rui Mendes, Miguel Guilherme, Bruno Nogueira, Nuno Lopes e Ricardo Carriço, entre outros.

Capitão Falcão tem tudo para se tornar imediatamente num filme de culto. Inicialmente João leitão pensou numa série de TV, mas nenhuma estação televisiva apostou na série, apesar do bom piloto que foi feito. Mas se a televisão não quis, então o cinema era uma opção!

Este filme reflecte o gosto de João Leitão pela banda desenhada, aliás uma das coisas que ele nunca entendeu foi o porquê de Portugal não ter tido nenhum super-herói na BD! Assim nasce o Capitão Falcão, acérrimo defensor do Estado Novo e de Salazar. Odeia comunistas, feministas e figuras afins! Bom chefe de família e defensor dos bons costumes, luta contra a ameaça dos Capitães de Abril (que são os Power Rangers chapados, lol) e de tudo o que seja contra o regime fascista.

Claro que o filme é a ridicularizar o regime fascista que Portugal teve durante quase 50 anos. Amigos esquerdistas... não, não é um filme a fazer a apologia do fascismo -_- , amigos direitistas, não, não é para levar a sério, e não é uma prece ao "antigamente é que era bom" -_-
É apenas um filme de super-heróis! :D

Quem puder ir à estreia, aproveite. Eu não posso, mas faço figas para ser um sucesso estrondoso para haver um 2º filme! E já agora por falar nisto... espero pelo final porque teremos um pós-créditos à la Marvel!
Divirtam-se! (Muito)
:D
















Boas leituras

Bizarrices: Hellcow (Bessie)

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Ora vamos lá a descobrir mais um tesourinho da Marvel... :D
Quem diria que a Marvel tinha criado a Hellcow, uma vaca vampírica, inimiga do Howard the Duck e aliada do Deadpool? Ãh?

Pois foi... foi em 1975 no Giant-Size Man-Thing #5 que a nossa vaquinha apareceu pela primeira vez! Bom, mas antes que alguém venha dizer que não, que não foi em 1975, mas sim em 1951 na revista Strange Tales #21... eu digo que será meia verdade, pois se já era estranho a Marvel criar uma personagem tipo vaca vampírica ainda se torna mais estranho terem sido pouco originais e irem buscar uma ideia a 1951... Isto é mesmo uma strange tale! :D

Bom, esta nossa vaquinha tem uma identidade secreta... ninguém sabe mas ela é a Bessie! Como poderes ela consegue drenar os sangue das suas vítimas com as suas presas, a sua capa transforma-se em asas para poder voar e ainda se consegue transformar num nevoeiro místico, além de super-força vampírica. A imagem de marca é a sua célebre gargalhada maléfica "hahahamooo"! :D
Foi transformada em vampiro pelo próprio Drácula e como tal tem as mesma fraquezas: luz do Sol, alho, água benta e pode morrer como uma estaca no coração.

Foi criada para o Giant-Size Man-Thing #5 por Steve Gerber (argumento) e Frank Brunner (desenho), ou se preferirem por Joe Maneely para Strange Tales #21. A seguinte aparição desta estranha personagem remonta a 2011 na revista Deadpool Team-Up #885. E não pensem que não é uma personagem importante no Universo Marvel! Como podem ver na imagem, ela figura ao lado dos outras personagens vampiras da Marvel (lol).

Apesar de ter nascido em 1675, é nos nossos dia que a vaca conhece o seu principal inimigo: Howard the Duck! Este investigava uma série de crimes relacionados com a morte de agricultores, que em primeira análise achou que tinham sido galinhas a perpetrar os homicídios... no final lá descobriu que tinha sido a adorável Bessie a matou-a com uma estaca no coração. Como não lhe cortou a cabeça a vaquinha ficou só em morte aparente! O Dr Kildare retira a estaca e prende a Hellcow!

Porquê? Porque quer extrair o seu leite vampírico que ele achava que podia curar a tuberculose e dar a vida eterna! E é aqui que a Bessie conhece Deadpool. O Dr Kildare rapta Deapool para lhe retirar a Hipófise e o doido conhece a vaca nas jaulas deste vilão sem escrúpulos. Tornam-se aliados e Bessie transforma por instantes o Deadpool em vampiro, tornando possível a fuga.

História muito epicamente fofa da Marvel, hã? 
:D

Strange Tales #21
Strange Tales #21


























Giant-Size Man-Thing #5
Giant-Size Man-Thing #5


























Giant-Size Man-Thing #5
Giant-Size Man-Thing #5


























Deadpool Team-Up #885
Deadpool Team-Up #885


























Deadpool Team-Up #885
Deadpool Team-Up #885


























Boas leituras

Lançamento Goody: Hiper-Disney #29

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Já está nas bancas mais um Hiper-Disney. Definitivamente a Goody está a apostar no Superpato! :)

Como informação suplementar, a Goody informa antecipadamente que o Disney BIG #8 vai sair um dia depois da data que tinha sido avançada logo no princípio do mês, este facto deve-se a um pequeno atraso na gráfica. Assim o BIG não sai no dia 28, mas sim no dia 29 de Abril.

Fiquem com a informação da editora relativamente a esta publicação:

Hiper #29 nas bancas!!!

Esta Hiper vale uma fortuna! O Tio Patinhas nem parece estar incomodado com a presença dos Metralha, tal é a qualidade desta edição! E é justamente com o tio mais avarento de Patópolis que começamos esta viagem épica pelos quadradinhos mais divertidos de Portugal! O Tio Patinhas parece estar lançado para mais um negócio espectacular, mas acaba por ser vítima de uma grande trapaça! Ou será que a história não acaba por aí??? Bem, o melhor é leres Tio Patinhas e o colossal embuste para saberes mais!

E em Anderville o ambiente continua pesado… O Mickey prossegue a sua senda na investigação e deslinda os mais difíceis casos, mas os obstáculos são mais que muitos. Desta feita, é montada uma… Ratoeira!!! Não percas Mousetrap, que te vai deixar agarrado até à última página!

Mas não é só o rato detective que está em perigo… Há um certo pato com várias identidades que vai defrontar um difícil adversário. Falamos do Superpato, claro! O Donald enfrenta um novo némesis, que tem a peculiaridade de se deslocar no tempo… Avizinha-se uma missão muito difícil para o nosso herói, em Quando sopra o vento do tempo. Força, Superpato!!!

Para os mais saudosistas temos um novo episódio do Mickey com o incrível Atomino Bip Bip! Desta feita, o pequenino companheiro do Mickey inventa uma máquina incrível que consegue suspender a gravidade de qualquer objecto. O problema é que essa genial invenção pode cair nas mãos erradas… É preciso muito cuidado em Mickey e o Bip Bip-15!

Estas e muitas outras histórias na tua Hiper! Porque com a Hiper, a banda desenhada é ao quadrado!





ÍNDICE

07 TIO PATINHAS e o colossal embuste
50 MOUSETRAP
115 O FURO
123 AS HISTÓRIAS DA BAÍA – Ameaça do fundo
151 QUANDO SOPRA O VENTO DO TEMPO
211 CORRIDA SIMPLES
219 MICKEY e o Bip Bip-15
282 PATOLFO – O pato mais estranho do mundo
305 MICKEY E PATETA – Táxi espacial
313 LUCKY E O SALVAMENTO HERÓICO































Boas leituras

Lançamento Ave Rara: Gentleman #1

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A Ave Rara, o selo editorial de André Oliveira vai editar o primeiro de quatro mini-comics de uma nova série: Gentleman.

A mente fervilhante de André Oliveira não pára, e depois do seu livro Casulo lançado no último Anicomics, prepara-se para o Festival de Beja com mais esta novidade. O desenhador desta mini-série é Ricardo Reis.

Fiquem com a apresentação fornecida pela Ave Rara e muitas imagens!


GENTLEMAN #1

O mundo está a ruir à vista de todos e aquilo que perdura é tão bizarro e surreal que faz questionar se pertence à imaginação ou à realidade. Acompanhamos a jornada de mr. Turner, uma misteriosa e sombria personagem que atravessa planícies desérticas ao volante do seu Morgan e na companhia de Barnes, um enorme elefante marinho com uma personalidade forte. Há uma última tarefa a cumprir antes que a Humanidade aceite a sua inevitável extinção, algo que pode não chegar para a salvar mas que fará toda a diferença. É essa a missão de Turner e ele promete cumpri-la da única forma que conhece: “Like a true gentleman”.

“Gentleman” é a nova série da Ave Rara: 4 comics de 16 páginas, integralmente em inglês, com argumento de André Oliveira e arte de Ricardo Reis. Cada número corresponderá a uma de 4 cartas de copas. O pontapé de saída pertence ao valete.


P.V.P: €2,95


APRESENTAÇÃO
Festival Internacional de BD de Beja
Sábado, dia 30 de Abril, hora por definir
Casa da Cultura













Boas leituras

Sharaz-De: Contos das Mil e Uma Noites

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Um livro maravilhoso e obrigatório em todas as casas. Pronto, disse!
Fiquei encantado e sem reservas nenhumas sobre este livro, e agradeço à Levoir por ter editado esta obra sem redução de dimensões. Este livro é a prova provada de que a decisão de manter o formato original dos livros foi ganha. Seria horrível este livro ser amputado do espaço em que a maravilhosa arte de Toppi respira.

Este livro saiu a semana passada (5ª Feira dia 23) na Colecção Novela Gráfica, distribuída com o jornal Público.
Se quiserem ler a boa e extensa informação fornecida pela editora no respectivo press release deste livro, podem-no fazer no blogue A Garagem (é só clicar no link) onde se encontra na íntegra em conjunto com as imagens.

Toppi é um desenhador italiano da cidade de Milão, reconhecido tanto na Europa como no continente Norte-Americano. O seu estilo de desenhar a preto e branco foi inovador e encantou o público e a crítica. Toppi foi premiado no importante Festival de Lucca em 1975 com o Yellow Kid para Melhor Desenhador.
É Frank Miller que o introduz no mercado dos EUA, depois deste italiano ter influenciado nomes como Walt Simonson, Bill Sienkiewicz, Ashley Wood, Dave McKean e o próprio Miller!
Infelizmente faleceu em 2012.

As páginas de Toppi são um delírio visual, com linhas e curvas que se unem requebros de poesia! Muitas vezes a roçar o psicadélico, mas sem nunca fugir de alguma contenção de modo a não perderem o sentido, Toppi consegue no meio de todos os seus rendilhados fazer com que as páginas respirem; existe espaço nas páginas, e isso evita que o leitor se sature com demasiada riqueza visual.

Depois de bastantes páginas a preto e branco Toppi provoca o leitor com o surgimento de páginas ricamente coloridas, provocando uma quebra e aumentando a atenção do leitor. Faz isto por duas vezes! Um livro visualmente perfeito para mim.

Relativamente ao texto, como o nome indica, é baseado nos célebres contos das "Mil e Uma Noites". Mas é isso: baseado. Existem diferenças grandes entre Sharaz-De e Sherazade. Ao contrário de Sherazade, Sharaz-De não fazia parte do reino, mas vai-se entregar de livre vontade mesmo sabendo que a morte a esperava na alvorada.
E enquanto Sherazade chegava à altura fatídica deixava o conto em suspenso de modo a que o Rei quisesse saber o fim da história no dia seguinte, Sharaz-De é muito mais segura de si mesmo; acaba sempre o conto e entrega-se à vontade do Rei para morrer, mas este quer sempre mais um.

A estrutura narrativa acaba por ser bastante parecida com as "Mil e Uma Noites". Os contos sucedem-se, mas sempre com diferenças. Temos marinheiros, génios e ladroes mas não temos Sinbad, Aladino ou Ali-Bábá.
As histórias estão poeticamente construídas, são ricas na sua forma escrita e sobretudo o seu conteúdo encontra a forma perfeita no desenho que lhe está subjacente. Já agora, voltando à estrutura, o livro não tem um final. Sharaz-De como de costume acaba o conto e entrega-se à vontade do Rei, e este mais uma vez quer outro conto.

Este foi o livro que mais me impressionou nesta colecção. Foi uma surpresa total a beleza deste livro!
Mais uma vez, parabéns à Levoir por esta magnífica publicação, o Leituras de BD não vai recomendar este livro, vai obrigar qualquer amante da 9ª Arte a ler este livro!
:D

Boas leituras

Hardcover
Criado por Sergio Toppi
Editado em 2015 pela Levoir



Ultron

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Ultron é um robot danado do universo Marvel criado por Roy Thomas e John Buscema nos anos 60.
A sua primeira aparição, a verdadeira, foi na revista Avengers #55 em Agosto de 1968, embora tenha tido um cameo na revista anterior.

A sua história mistura-se com a dos Avengers, inclusivamente provocando sérios problemas em alturas chave do universo Earth-616 da Marvel, e quando não é ele são as suas criações sempre com um vínculo subconsciente ao grande Ultron. Como suas criações entende-se Visão, Jocasta e Alkhema.

Ultron foi criado por Hank Pym e o seu modelo cerebral foi baseado no do seu criador. A partir do momento em que se tornou consciente, Ultron foi fazendo upgrades sendo o Ultron 6 o primeiro a usar para o seu corpo o célebre Adamantium (sabem quem é Wolverine, certo?), metal ficcional e indestrutível do universo Marvel. O anterior Ultron 5 foi o criador do ser sintético Visão. Isto tudo nos anos 60.

Os anos 70 viram o Ultron 7, responsável por estragar a festa do casamente entre Quicksilver (Mercúrio), na altura pertencente aos Vingadores,  e a Inhuman Crystal, irmã de Medusa esposa de Black Bolt (Raio Negro). E lá foi desmantelado mais uma vez... 
O Ultron 8 teve a particularidade de criar Jocasta com a finalidade de ser a sua noiva...

Nos anos 80 tivemos o Ultron 9 e o 10, que foram derrotados e destruídos, de seguida veio o Ultron 11 nas Guerras Secretas (Secret Wars) ressuscitado pelo Beyonder e derrotado pelo Coisa que guardou a cabeça do robot como recordação.
Na passagem para os anos 90 (claro) tivemos dois Ultron, o Ultron 12 e o Ultron Mark 12. Este ultimo era um upgrade"bonzinho" do Ultron 12 que acaba por lutar contra o Ultron 11 revivido. Depois de levar a melhor sobre o irmão "malvado" pede a Hank Pym para o desactivar!

Anos 90... Aqui proliferaram Ultrons!
Desde o Ultro 13 até ao Ultron 17, sendo que a relevância foi a criação de Alkhema pelo Ultron 14, usando o modelo cerebral da Mockingbird.
De resto a história acabou sempre da mesma maneira: Ultron derrotado pelos Vingadores.

Os anos 2000 trouxeram Ultron 18 e um outro com uma particularidade especial (tinha de ser o Frank Cho o desenhador lol). Uma nova franquia criada pela Marvel, os Mighty Avengers, iniciaram as aventuras com a ameaça de um Ultron feminino! E já agora, foi por aqui que acabaram as numerações dos vários upgrades do Ultron...

Esta versão de Ultron foi baseada na Wasp (Vespa), e deixou algumas marcas. Foi responsável pelo assassinato da mulher do Sentry (Sentinela) e tomou o controle da armadura de Tony Stark. O Sentry quase que arranca a cabeça deste sexy Ultron, mas é Ares que acaba mesmo com ele(a).

2010 trouxe-nos o arco Age of Ultron. Eu tenho esse arco, mas como o filme que está aí a estrear em Portugal tem o mesmo nome (Avengers 2: Age of Ultron), e eu não sei está baseado em algo dos comics, então não vou levantar possíveis spoilers sobre o assunto.

Pronto... esta foi uma corrida muito rápida sobre um dos vilões mais recorrentes dos Avengers, e também um dos mais inteligentes e malvados. :)
Foi assim como que um aperitivo para o filme! :D





























































Boas leituras

Máquina do Tempo: Crise nas Infinitas Terras - Hora de salvar as terras

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Nesta segunda parte, vamos ver como os heróis tentavam salvar desesperadamente as terras remanescentes, de como passado, presente e futuro se uniam em diversas épocas deixando tudo e todos desesperados e sem saber como reagir. Aqui podem ler a primeira parte, relembrando o porquê da necessidade de existir ma Crise nas Infinitas Terras.

Depois do Monitor explicar aos heróis que foram convocados o problema do multiverso e da ameaça do anti-monitor, eles começam a ser separados em pequenos grupos e a irem tentar proteger as diferentes máquinas que iriam ajudar a salvar as terras. Mas os números e a força dos demónios sombra era demasiado, nem sempre as coisas corriam bem e começaram a aparecer as primeiras baixas e universos e suas terras continuaram a ser eliminados.

A onda de anti matéria fazia com que acontecessem coisas estranhas, um bando de mamutes do passado poderia aparecer no Século XXX e atrapalhar a vida da Legião de Super Heróis por exemplo. Começávamos a ver nas sombras o trabalho do Anti Monitor, que acabou por controlar uma clone da Percrusora e fazer com que ela matasse o seu mentor, mas este já previa isso e fez com que a sua morte despoletasse a energia para as suas máquinas e proteger alguns universos e algumas terras, mas propriamente a Terra 1, 2, S, X e 4.

Essas 5 terras ficaram assim alinhadas muito próximas umas das outras, separadas por pequenas vibrações que quando não corriam bem davam azo a grandes confusões entre os diferentes planetas.

A arte de Pérez foi uma das maiores armas desta saga, a forma como ele conseguia retratar diversos heróis num só painel tornava tudo mais entusiasmante, para além de podermos encontrar heróis de todas as fases da DC, desde os futuristas Legionários aos cowboys do Faroeste, e até um rapaz pré histórico do início de tudo.

No Brasil a editora Abril tentava mostrar a saga da melhor forma possível, os números da série principal eram espalhadas pelas diversas revistas, assim como os crossovers relacionados com isto. Foi um daqueles trabalhos que mostrava como era importante ter a cronologia acertada, coisa um pouco complicada por causa da revista dos Novos Titãs, que ia um pouco mais avançada.

Foram também publicadas algumas histórias de personagens que nem sempre eram editados no Brasil, o que ajudou a que muitos (como eu) que não conheciam bem o universo, ficassem um pouco confusos.

Alguns dos capítulos mais interessantes vinham das páginas da Corporação Infinito, que tinha um certo Todd McFarlane na arte e que na altura apresentava um traço um pouco diferente do actual, mas com um gosto pela experimentação, especialmente no layout dos quadradinhos.

Em Superamigos era a tropa dos Lanternas Verdes que ganhava destaque, ali víamos pormenores sobre as trocas entre lanternas como Stewart, Guy ou Hal (na altura sem anel), para além do destaque de outros lanternas de renome, que morreram ali naquelas páginas como tantos outros morreram na saga principal.

Voltando à saga principal, lida-se com a morte do Monitor e com a mudança do Pirata Psiquíco para o lado do Anti-Monitor, o que complicou muito a vida para os que lutavam pelo bem, já que ele controlava as emoções de tal forma que fazia herói enfrentar herói, muitas vezes quase até à morte.


Os vilões tinham grande destaque nesta saga, Pérez sabia capitalizar isso e mostrava bons planos que nos fazia quase torcer por eles, de tão "cool" que eles pareciam. Brainiac (versão robô) e Luthor (quase super vilão) começavam a aparecer um pouco mais, tentando dominar os outros e aproveitar a confusão de tudo aquilo que se passava ao redor.

Entretanto vimos pela primeira vez o Anti Monitor, naquele que foi um dos momentos de menor climax da série, depois de tanta coisa para encobrir a sua imagem, confesso que fiquei um pouco desiludido com o design final do vilão. Mas pronto, o seu poder e a sua maldade ajudavam a encobrir um pouco aquilo, adoro como ele obriga o Pirata Psíquico a controlar o Flash, o Tornado Vermelho e obrigar eles a fazerem coisas contra a sua própria vontade, mas ao mesmo tempo o coloca para controlar os milhões de pessoas das outras terras, algo que provou ser demasiado para o vilão.

No lado dos heróis, vemos uma mega reunião no Satélite do Monitor, convocados por Harbinger e o Alexander Luthor da Terra 3, aquele que tinha sido salvo em bebé pelo Monitor e que tinha crescido exponencialmente em pouco tempo. A página dupla que mostra todos os heróis (e alguns vilões) juntos é de tirar o fôlego, a atenção dada aos pormenores e o tentarmos acertar quem é quem é mais forte que nós.

A confusão de herói não reconhecer herói dentro desse satélite mostra bem como eram as coisas, e pior era quando esses heróis eram versões diferentes de um só herói. Na revista Infinity Inc,, isso é bem abordado, afinal era a revista que mostrava os netos, filhos e sucessores de outros heróis bem conhecidos e acontece até uma luta muito forte devido ao ressurgimento de um dos heróis que tinha ali uma versão mais nova a continuar o seu legado.

Depois existiam aqueles heróis como os comprados a outra editora, vimos numa terra como viviam em harmonia o Besouro Azul, Pacificador, Judomaster entre outros, assim como existia uma terra para os da Fawcett, onde habitava o Capitão Marvel (Shazam) e toda a sua família.

Há momentos de convívio entre heróis desconhecidos de terras diferentes bem engraçados, como quando os Novos Titãs encontram a Família Marvel. Outro bom momento são os dois Super Homens com a Lois Lane da Terra Um, e aí nota-se como Perez fazia bem as coisas e fazia questão de diferenciar os dois heróis.


Como não conhecia bem o universo da DC, gostei bastante de ver ali alguns heróis que me pareciam bem interessantes. Dos que gostei mais eram os de origem mística, foram muito bem apresentados por Pérez e foram alguns dos mais esforçados para que tudo corresse bem. Todos tinham o seu lugar ao sol, nem que fosse num simples quadrado, mas tudo de uma forma fluida e que não diminuía em nada o ritmo da história.

Com a destruição do satélite do Monitor e o "sacrifício" da Percrusora, os heróis ficam inspirados com isso e é formada uma pequena equipa que viaja até ao universo de anti matéria para levar a batalha a casa do anti monitor. Lady Quark, Super-Homem da Terra Um e o da Terra Dois também, Besouro Azul, Capitao Marvel, Supermoça, Caçador de marte, Tio Sam, Espectro, Deadman, Vingador Fantasma, Nuclear, Mulher Maravilha e mais uns tantos.

Mas será que isso vai ser suficiente? No próximo artigo vamos descobrir, assim como perceber melhor o impacto que esta saga teve devido às mortes importantes que aconteceram nesses últimos números.

Clicar para aumentar e ver em pormenor































Podem ler a primeira parte neste link:
Crise nas Infinitas Terras - No começo eram muitas

Lançamento Goody: Disney Especial Desporto

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A Goody informa que o sucesso da edição fez com que a sua periodicidade passasse a mensal, pelo que podem esperar por mais histórias aos quadradinhos da Disney, dedicadas a um dado tema, todos os meses!
:)

Especial Desporto nas bancas!!!

As grandes decisões das mais variadas épocas desportivas aproximam-se dos desfechos dramáticos e gloriosos que as caracterizam e a BD Disney não podia ficar fora de jogo! E que evento resume melhor a essência daquilo que deve ser o desporto se não os Jogos Olímpicos?

Os Jogos que valorizam o desportivismo, o esforço e a glória estão presentes numa história muito especial, que vai pôr à prova os limites físicos do Mickey!
O teu herói terá que juntar os cinco anéis olímpicos se quiser deter aquele que é um dos seus adversários de sempre… Bafo-de-Onça!

O malandro vai querer para si todos os cinco anéis, na esperança de ficar com todo o poder e governar o mundo! Conseguirá? Isso terás que descobrir em Mickey – O senhor dos anéis olímpicos!!!

Mas se és um daqueles que é tão fanático pelo futebol que não queres saber de mais nada… Não te preocupes! O desporto mais célebre mundialmente, que move multidões, vai também ter lugar de destaque nesta edição! Não estarias era, certamente, à espera que o craque de serviço fosse… O Bombom Sorriso! Quer dizer, pelo menos é essa a sua versão da história! O melhor será mesmo leres Bombom e a lenda do sorriso de ouro para tirares as tuas conclusões sobre o que te é dado a ver.

Para aqueles que gostam mais de desportos radicais, também temos uma história altamente! Os sobrinhos mais irrequietos mostram as suas qualidades em duas rodas, numa história sempre a abrir! Falamos de Huguinho, Zezinho e Luisinho e as alegrias do BMX! Uau! E como uma boa história é contada sempre com um pouco de “sal”, fomos ouvir o que tinha o Pateta a dizer! Segundo o mesmo, ele será um ás ao volante! Estás pronto para acelerar com ele? Então é só leres As quartas-feiras do Pateta – Motores troantes! VRRRUUUUM!!! Estas e muitas outras histórias aos quadradinhos dedicadas ao desporto, na tua Especial!


Especial Desporto vai bater recordes!!!



ÍNDICE

7 Gansolino e o desafio número 3000
27 Mickey – O senhor dos anéis olímpicos
155 Bombom e a lenda do sorriso de ouro
193 Mickey e a aposta final
229 Huguinho, Zezinho e Luisinho e as alegrias do BMX
291 As quartas-feiras do Pateta – Motores troantes
322 Rei dos sarilhos – A descida



























Boas leituras

Lançamento Levoir: Colecção Novela Gráfica - O Diário do meu Pai

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Saiu ontem o décimo volume da excelente colecção "Novela Gráfica" da Levoir. Neste volume viajamos até ao Manga, apresentando a obra maior de Jiro Taniguchi ( 谷口ジロー ).

Como tem sido costume, a informação dada pela editora é extensa e pormenorizada, portanto não vale a pena eu inventar nada. Fiquem com a informação da Levoir e algumas imagens

O Diário do meu Pai
Jiro Taniguchi

Yoichi Yamashita regressa a Tottori - sua terra natal - para o funeral do seu pai. Um regresso às raízes, que o leva a evocar a infância e a perceber finalmente a personalidade austera do seu pai, com quem não falava há anos. Um relato intimista e comovente, contado com grande beleza e sensibilidade pelo mais europeu dos desenhadores japoneses.

"Com os anos, reconhecemos a felicidade de ter raízes. Mas só depois de ter atingido a idade que os meus pais tinham na altura é que fui tocado pela sua maneira de viver..."
Jiro Taniguchi, do posfácio de Diário do meu Pai

Justamente considerado como uma das principais obras de banda desenhada japonesa, O Diário do meu Pai é também a mais autobiográfica de um dos grandes autores de BD mundial, Jiro Taniguchi. Nascido em 1947, no Japão, Jiro Taniguchi começou a sua vida profissional como empregado de escritório, até descobrir que o que queria realmente fazer era desenhar. Nos inícios dos anos 70, começou a publicar os seus trabalhos em diversas revistas japonesas, dando início a uma carreira sólida e prestigiada, e acabará por ser muito influenciado pela banda desenhada francesa, na altura quase desconhecida no Japão, e cujo estilo, diversidade e clareza do desenho, sobretudo da linha clara, o marcaram profundamente. Este fascínio pela BD francesa, e a influência que ela teve sobre ele, tornam-no particularmente acessível aos leitores Ocidentais, mesmo quando eles pouco conhecem do mangá japonês. Admirador confesso de autores como Moebius, Schuiten e Tito, Taniguchi colaborou com Boilet e Peeters em Tokio est mon Jardin, e ganhou dois prémios em Angoulême, o maior Festival de BD europeu, que lhe dedicou uma grande exposição em 2015.

Em 2001, viria a criar a série Icare (Ícaro) a partir de textos de Moebius. No Japão, foi também vencedor de inúmeros prémios, entre os quais podemos destacar o Prémio Cultural Osamu Tezuka, em 1997, pela trilogia Boccha no Jidai e o Prémio Shogakukan com o seu livro Inu wo Kau, em 2003. Os prémios que venceu em Angoulême foram por Quartier Lointain, para Melhor Argumento (2003), e por Sommet des Dieux, para Melhor Desenho (2005).

É a partir dos anos 90 que a sua obra se irá começar a focar cada vez mais na vida quotidiana e nas relações entre os homens, e também entre homens e animais, entre o homem e a natureza (com várias obras sobre o alpinismo, por exemplo), e em temas universais como a beleza, a família ou o regresso à infância, muitas vezes inspirando-se da sua vida pessoal e da sua infância na cidade de Tottori.

Taniguchi irá declarar que "se muitas vezes quero tratar das pequenas coisas da vida quotidiana, é porque dou muita importância à expressão das mudanças e das incertezas que as pessoas ressentem no dia-a-dia, e aos sentimentos profundos das suas relações com os outros. [...] Na vida quotidiana, não costumamos ver as pessoas a uivar e gritar, ou a rebolarem-se no chão a chorar. Se os meus mangás têm algo de asiático, é talvez porque me dedique muito a tentar mostrar a realidade quotidiana dos sentimentos das personagens. Se formos suficientemente fundo, podem aparecer histórias até nos mais ínfimos e mais banais acontecimentos do dia-a-dia. É a partir desses momentos ínfimos que crio os meus mangás."

Taniguchi conheceu um sucesso particularmente importante em França, onde tem hoje muito do seu público. Ele próprio se diz surpreso com o interesse que os leitores francófonos sentem pela sua obra: "No Japão, acham sempre as minhas histórias demasiado sombrias, demasiado literárias, mas em França sinto sempre que existe uma atenção profunda para com o meu trabalho, e particularmente com o meu texto."

Em O Diário do meu Pai, Taniguchi conta-nos uma história de regresso às raízes, que o leva a evocar a infância e a perceber finalmente o verdadeiro motivo por que o pai abandonou a família. Taniguchi queria contar uma história que tivesse a sua terra natal, Tottori, como cenário, mas, como refere numa entrevista a Benoit Peeters: “quando me pus a reflectir na história, apercebi-me que, de facto, não sabia quase nada sobre o meu pai. Imaginei então uma personagem que regressa à sua terra natal para descobrir quem era verdadeiramente o seu pai. (…) A história é inventada, mas os sentimentos e o espírito da história resultam da minha experiência pessoal. Tinha em relação ao meu pai o mesmo tipo de sentimentos que estão descritos no livro. No fundo, durante a minha juventude, tinha a ideia que não queria ser como ele. Achava que a vida do meu pai não era uma vida interessante. Mas depois descobri que afinal não era bem assim, e é isso mesmo que tento transmitir neste livro”.

Este é o segundo livro de Taniguchi publicado no nosso país, depois da edição de O Homem que Caminha em 2005 (na Série Ouro da colecção Clássicos da Banda Desenhada), desta vez numa edição que faz jus à qualidade e importância da sua obra.

O Diário do meu Pai, de Jiro Taniguchi
Formato: 17 x 24cm
Capa dura
280 páginas
Preto e branco



















































Boas leituras

Alexandre Beck e Armandinho em Portugal

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Armandinho, a criação do brasileiro Alexandre Beck, vai ter lançamento do seu segundo volume em edição portuguesa.

Para abrilhantar mais este lançamento Alexandre Beck virá a Portugal, onde dará autógrafos a todos os seus fãs!

Estará na FNAC do CC Colombo pelas 18:30 do dia 18 de Maio.


Armandinho 2
Depois de em 2014 terem sido lançados os títulos Armandinho Zero e Armandinho Um, chega agora Armandinho Dois, o terceiro livro publicado em Portugal. Um menino rebelde e refilão de cabelo azul, sempre pronto a enfrentar o pai e a mãe com a perspicácia própria das crianças.

Podem aderir ao evento na sua página do Facebook:
https://www.facebook.com/events/1429691290675997/

E podem ver algumas imagens e apresentações dos anteriores livros lançados em Portugal no seguinte link:
http://bongop-leituras-bd.blogspot.pt/2014/12/lancamento-castor-de-papel-armandinho.html






Boas leituras

Cinema: Vingadores - Era de Ultron

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Penso que este é o meu primeiro artigo a apreciar um filme, Avengers: Age of Ultron.
Não é propriamente a minha praia, mas gosto muito de cinema, vejo muitas séries e alguns filmes no grande ecrã quando posso.

Este filme desiludiu-me bastante. Passo a explicar, o primeiro filme dos Vingadores teve uma magia muito própria que este segundo nunca conseguiu atingir. Tudo foi fluido no primeiro... os diálogos, as piadas, cenas de acção... tudo se entrosava perfeitamente!


Em a Era de Ultron isso não foi conseguido na minha opinião. Porquê? Porque a história é básica demais (credo... e eu nem sou exigente neste tipo de filme), as piadas por vezes sentem-se forçadas e por norma são lugares comuns (ou cliché se preferirem), porque até os diálogos não fluem bem! Nem sequer falo das origens das personagens relativamente aos comics....

As cenas de acção tomam conta do filme desde cedo, entrecortadas muitas vezes por "conversas piegas" que retiram dinâmica ao filme, e mesmo as cenas de acção são muito isto: crash bang toma toma dá-me dá-me!

A única cena de acção que eu gostei a sério é no final, todos os Vingadores a protegerem "aquilo" (não vou fazer spoiler). Foi um excelente carrossel, bem desenhado e coreografado, e já agora, o Visão está espectacular, a armadura Hulkbuster está muito fixe também, e presumo que tudo isto seja uma preparação a sério para a Infinity Gauntlet. Diga-se que depois de ver este filme fiquei um pouco com medo desse desenvolvimento.



























Espero que a Marvel repense a maneira como está a querer fazer seguir o seu excelente universo cinemático, porque se continuar por este caminho a coisa não vai correr bem.

Claro que isto é apenas a minha opinião. A Marvel habituou-me a bem melhor nas salas de cinema!
Como agravante... o tipo que estava ao meu lado cheirava a chulé que tresandava fazendo-me ver o filme com um certo desconforto pituitário...

Pelo que já li, 99% das pessoas gostou muito do filme, portanto esta minha crítica não deve ser tomada a sério com certeza, mas é a minha visão deste filme.






Já agora, a grelha heróis que ficou para o próximo filme é muito boa. Vai dar para desenjoar!
:)

Boas leituras

P.S.: Já agora, eu nem costumo ser muito exigente com o argumento destes filmes, que me conhece sabe isso, mas convém haver um bocadinho de história, ok?
:D

O Diário do meu Pai

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No dia 1 deste mês fiz o post de lançamento este livro, ainda antes de o ter lido. Infelizmente. Porque quando os livros desta colecção fazem tilt na minha cabeça eu costumo fazer de imediato um post sobre eles, desta vez não foi assim. Li o livro apenas depois de ter divulgado a sua publicação.

Se procurarem mais informação sobre a envolvência da obra e informação sobre o autor é só voltarem atrás neste link (e depois voltam a este post):
Lançamento Levoir: Colecção Novela Gráfica - O Diário do meu Pai 

Este é um livro de um homem, que como muitos outros, se afasta do núcleo familiar com ressentimentos vários sobre a sua vida enquanto jovem e parte integrante da Família.
Se muitas pessoas depois de saírem de casa dos pais continuam a visitar, a telefonar, a ter contacto de algum modo, outros há que por motivos vários não o fazem.

Embora O Diário do meu Pai de Jiro Taniguchi seja uma obra com contornos autobiográficos, não confundir com autobiografia, é sobretudo uma enorme homenagem ao seu pai, quase um pedido de desculpa.
Muitas vezes os ressentimentos de uma criança são gerados pelo desconhecimento de todos os factos da vida em que os seus pais estão imersos, muitas vezes a incompreensão torna tudo isto numa ferida.

Assim aconteceu com Yoichi Yamashita. E assim acontece com tantos jovens que depois de se afastarem dos seus pais só os conhecem realmente depois da sua morte. As suas agruras, as suas dificuldades, as suas decisões, enfim... o porquê de muitas coisas que uma criança percebe de uma maneira "diferente".

Graficamente este livro é de uma grande limpidez de traço, contrariamente a muitos Mangas para adultos que são mais trashy, e é de uma narrativa irrepreensível. O espaço e o tempo da narrativa misturam-se perfeitamente com o desenho de Taniguchi, fazendo deste livro uma obra muito "fácil" de ler.

Como é habitual no Manga, existem vinhetas e páginas muito simples, apenas a linha do desenhador a dar o contorno necessário à figura, para depois passarmos de repente para desenhos altamente detalhados. Jiro Taniguchi fez um trabalho irrepreensível neste aspecto gráfico.

A história propriamente dita, bem, é para vocês lerem. Todos! Pais e filhos. Aliás, lanço o repto aos pais para que ofereçam um exemplar deste livro aos respectivos filhos que já atingiram a idade adulta, e que já agora façam uma dedicatória no livro quando o oferecerem.

Este livro provocou-me remorsos, e garantidamente deu-me vontade de ver o meu pai que há tanto tempo está ausente da minha vida, por minha culpa.

Recomendo vivamente este livro a todos. Uma excelente oferta também!
(E uma excelente surpresa para mim.)

Já agora... não têm a desculpa de não pegar no livro porque é japonês e "se lê ao contrário". Não, este livro está no sentido de leitura ocidental, da esquerda para a direita.

Boas leituras




Hardcover
Criado por Jiro Taniguchi
Editado em Maio de 2015 pela Levoir

Lançamento Ave rara: Living Will #4

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O Festival Internacional de BD de Beja vai ser palco do lançamento de mais um número de Living Will.
Desta vez o desenho não está a cargo de Joana Afonso, mas sim de Pedro Serpa.

Fiquem com a informação da editora:




LIVING WILL #4

Até a resolução mais difícil pode ser alterada quando as coisas não seguem o caminho que deviam. Will continua fiel à sua demanda, sente que já não tem idade nem tempo para grandes hesitações, mas começa a ter dúvidas. E se a resolução de todos os conflitos não consiste num último, mais complexo e derradeiro problema, superior a todos? Após o traumático episódio anterior, Will regressa a uma terra que conhece bem, para resolver um velho assunto de família. Enquanto isso, Betty recupera de um violento assalto e acaba de perder um dos amuletos que ainda segurava o seu fraco equilíbrio emocional. Quando tudo parece ruir, há ainda mentalidades que mudam e uniões que se celebram... durante um passeio no campo.























Living Will” é uma série de 7 mini-comics de 16 páginas publicados pela Ave Rara, integralmente em inglês, com argumento de André Oliveira e arte de Joana Afonso e Pedro Serpa.

P.V.P: €2,95

https://www.facebook.com/averaracomics
averara.mail@gmail.com

APRESENTAÇÃO
Festival Internacional de BD de Beja
Sábado, dia 30 de Maio, hora por definir
Casa da Cultura

NOTA: Este número é ilustrado pelo Pedro Serpa, embora a capa seja da autoria da Joana Afonso (que realizou os primeiros 3 números). A mudança de artista não é definitiva, apenas aconteceu por limitações de disponibilidade. Está combinado que a Joana fará os números 5 e 7 (a conclusão do projecto), e que o Pedro voltará a colaborar com o 6. 









O Leituras de BD apoia o Festival Internacional de BD de Beja

Boas leituras

Cinema: Suicide Squad - Primeiras impressões!

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O Suicide Squad (Esquadrão Suicida), também conhecido como Task Force X surgiu originalmente na revista Brave and the Bold #25 em 1959. Mas não vou perder tempo com esta versão. A que conta mesmo é a criada por John Ostrander e que saiu pela primeira vez na revista Legends #3 (1987), em que eram usados super-vilões, que para a pena lhes ser mais favorável ingressavam neste grupo cujas missões eram perfeitamente suicidas.



Este era um grupo secreto do Governo dos EUA, chefiado por Amanda Waller, que tinha por base o Rick Flag Jr, Bronze Tiger, Captain Boomerang, Enchantress, e Deadshot. O resto da grelha de vilões era mais rotativo, sendo certo que em caso de falhanço de missão (ou tentativa de fuga) eram eliminados à distância devido a terem uma pulseira com explosivos de controlo remoto. Rick Flag era o líder.

 Depois desta fase este grupo de anti-heróis teve bastantes variantes ao longo dos anos, salientando-se a fase de Keith Giffen. Voltou em 2007 para Ostrander e continuou passando pelos “New 52” durando até aos dias de hoje.

Mas estamos a falar disto porquê?
Porque a Warner / DC Comics pegou neste grupo para fazer um filme a sair em 2016. Claro que aqui se percebe um pouco a margem existente para que filmes de personagens secundárias tenham sucesso, e não há como evitar pensar no que a Marvel fez com Guardians of the Galaxy, ou o sucesso de Arrow e Flash na televisão!

Amanda Waller já apareceu tanto na grande tela como no ecrã da televisão, estou a referir-me ao filme Green Lantern, e à série Arrow. E é na série Arrow que eu penso que este filme começou a germinar, visto que Waller é recorrente, assim como houve um crossover com o Suicide Squad, sim tivemos em Arrow este grupo com o Deadshot, Bronze Tiger, Shrapnel e Harbinger.

A grelha de personagens principais para o filme, e respectivos actores, é a seguinte:
  • Slipknot– Adam Beach
  • Boomerang– Jai Courtney
  • Katana– Karen Fukuhara
  • Enchantress– Cara Delvigne
  • Rick Flag– Joel Kinnaman
  • Harley Quinn– Margot Robbie
  • Deadshot– Will Smith
  • Killer Croc - Adewale Akinnuoye-Agbaje
  • El Diablo– Jay Hernandez
  • Amanda Waller - Viola Davis
  • Joker– Jared Leto


O que é que eu penso disto?
Penso que pode ser um excelente filme se o retiraram do frame noir em que os filmes de super-heróis da DC Comics têm estado metidos. Torna-se cansativo, a sério. Gosto do tipo de filme negro mas não serve para tudo. Serve para Batman, para Arrow. Não serve para Superman e Wonder Woman! Aliás, Flash saiu deste registo, e bem, como comprova a sua popularidade.

Quanto aos actores tenho apenas dois reparos. Amanda Waller é GORDA! Eu quero uma Amanda Waller GORDA! Não quero uma super model
Quanto a Will Smith… bem, acho que poderia dar um bom Bronze Tiger. Porque não? Agora Deadshot?? Méh…

Guarda-roupa e caracterização. Ainda é cedo para tecer muitos comentários acerca disto, mas o versão da Harley Quinn é a mais recente (ainda bem) e o Killer Croc está brutal na minha opinião. Quanto aos outros logo se vê… embora a o fato da Katana sem protecções samurais não me gusta muito, e o visual da Enchantress esteja muito radical. Só vendo em acção!
:D


Este é um filme que eu quero que seja BOM!

Podem ler mais sobre o Suicide Squad num artigo bastante completo aqui no LBD. É só clicar no seguinte link:
Suicide Squad

Boas leituras

Vertigo: Pré-Vertigo Parte 1A história que antecede o selo: 1982-1985

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Hoje começamos com uma série de artigos que propõe recordar o percurso editorial que levou a DC Comics a criar a Vertigo, tendo em conta as origens e a história do selo de material adulto, que começaram em 1982, quando o mercado directo permitiu às editoras lançar material sem o selo da Comics Code Authority.


Tanto a Marvel como a DC Comics tinham linhas de títulos bastante diversificadas nos anos 70, incluindo humor, fantasia, guerra e terror além dos super-heróis. No entanto, aqueles géneros eram também os mais vulneráveis a flutuações de um mercado onde a BD ficou bastante vulnerável à guerra das distribuidoras nas bancas, contribuindo para a criação do mercado directo. E foi quando surgiu este espaço que as editoras começaram a tornar-se mais criativas, reforçando a sua imagem de editoras de super-heróis ao mesmo tempo que tentavam melhorar a qualidade das histórias de outros géneros, atraindo novos talentos ou dando mais liberdade criativa a certos artistas consagrados para sair dos padrões formulistas dos anos 70.

Em 1982, a Marvel lançou uma linha inteira de revistas como um spin-off da revista Epic Illustrated (tentativa de emular a Métal Hurlant e a sua variante americana, a Heavy Metal), a Epic Comics, onde, regra geral, o material produzido era propriedade intelectual dos seus criadores. A DC, por seu lado, preferiu lançar séries novas com a marca da DC, mas sem o selo da Comics Code Authority e papel de melhor qualidade. Nesse ano, a subsidiária da Warner Communications deu os primeiros passos na criação de uma linha editorial que mais tarde daria origem à sub-editora Vertigo.

Vários títulos no activo integrariam a Vertigo no futuro. Entre eles estavam Saga of the Swamp Thing (a primeira revista solo do Monstro do Pântano) e Unknown Soldier (O Soldado Desconhecido), bem como as antologias House of Mystery e Weird War Tales. Outras revistas tinham material que andava nas fronteiras entre a DC e o futuro selo, como a revista do herói aviador Blackhawk, o grupo de investigação oculta Night Force, os títulos de fantasia Arion, Lord of Atlantis e Arak, Son of Thundere a revista de ficção científica (género 'sword and planet') Warlord.




O primeiro título da DC criado especificamente para o mercado directo foi a mini-série Camelot 3000 (teoricamente, a primeira revista deste género foi o one-shot de Madame Xanadu de 1981), de Mike Barr e Brian Bolland, cujo número 1 chegou às bancas em Dezembro de 1982. A história cola elementos de ficção científica (cenário no futuro da Terra, invasão alienígena) com o mito do Rei Artur, e a sua distribuição limitada permitiu a Barr explorar temas como romances homossexuais e transsexuais, relações inter-raciais e comparações entre o mito arturiano e cultura extra-europeia. Bolland teve vários atrasos e a mini-série de 12 números terminou apenas em 1985, mas esta história demonstrou a viabilidade de projectos fechados e de séries fora da continuidade e com um pouco mais de sofisticação.

Camelot 3000 também foi uma das primeiras séries da DC a ficar disponível como uma graphic novel em formato TPB, a partir de 1988. Nunca foi integrada na linha Vertigo, apesar de ter uma temática apropriada para o que a linha se tornou, mas não o que era no seu lançamento.





Em 1983, a revista ganhou companhia entre os títulos com temáticas adultas. Novembro viu o lançamento da série Thriller. Concebida como um título mensal, começou com argumento de Robert Loren Fleming e arte de Trevor Van Eeden e terminou no 12º número, na fase final já com argumento de Bill Dubay e arte de Alex Niño. A história era essencialmente de ficção científica, com um grupo paramilitar que se encarregava de derrotar ameaças terroristas e quase sobrenaturais. Nunca foi reimpresso e hoje é pouco conhecido, ao contrário da revista Ronin, lançada em Julho.





Com argumento e arte do mais conhecido Frank Miller, na altura um ídolo das multidões pelo seu trabalho nas histórias do herói Demolidor, da Marvel, Ronin devia ter sido lançada como parte da linha inicial da Epic Comics. No entanto, num almoço com a presidente da DC, Jenette Kahn, foi persuadido a mudar de camisola. Kahn prometeu-lhe a manutenção dos direitos de autor, se bem que na prática a DC controla a publicação de material da propriedade. Miller criou uma história sobre um samurai ressuscitado num futuro distópico nos Estados Unidos, para enfrentar o seu némesis, fazendo equipa com uma agente de segurança. Cada uma das seis partes da história tinha 48 páginas e Miller não se coibiu de copiar directamente painéis desenhados por Goseki Kojima na série japonesa Lone Wolf & Cub, da qual o autor americano era grande fã.




Um escritor britânico ainda pouco conhecido, chamado Alan Moore, foi encarregado de começar a escrever Saga of the Swamp Thing, a revista do Monstro do Pântano, e a primeira coisa que fez foi matar o personagem principal, no nº 20, publicado em Janeiro de 1984. Isto libertou Moore do personagem unidemensional e permitiu-lhe explorar elementos como a relação dos seres humanos com o planeta, sexo inter-espécies ou a Teoria de Gaia e também serviu para criar o tipo de ambiente que seria a componente central da Vertigo em 1993. Moore continuou a escrever o Monstro do Pântano até ao nº 64, em 1988. A nova direcção nunca foi um grande sucesso de vendas, mas foi bastante apreciada pela crítica e cimentou a popularidade de Moore junto de um público mais sofisticado.





Durante o período de 1984 a 1985, a DC também lançou mais alguns títulos noutros géneros, que estariam próximos da temática Vertigo. O primeiro foi Nathaniel Dusk, a história de um detective privado nos anos 30, durante a Grande Depressão, um tema supostamente gasto mesmo nos anos 80, mas soberbamente executado pela dupla Don McGregor/Gene Colan, que trabalharam juntos muitas vezes. A mini-série de quatro números em formato de luxo, lançada em Fevereiro, centrou-se essencialmente nas experiências individuais dos personagens e teve direito a uma sequela em Outubro de 1985. Ainda em 1985, em Setembro, a DC fez uma modificação total ao personagem western Jonah Hex, transformando o ex-soldado da Confederação num motoqueiro num mundo pós-apocalíptico do futuro. A revista, baptizada simplesmente Hex, durou 18 números, mas quando Jonah Hex voltou integrado na Vertigo, foi de volta ao seu ambiente normal.







A DC experimentou também com ficção científica mais clássica, com as mini-séries Spanner's Galaxy e Sun Devils. A primeira, lançada em seis números a partir de Dezembro de 1984, era uma space opera criada por Nick Cuti e Tom Mandrake, e a segunda, lançada em 1984 e durando doze números, era uma história de invasão alienígena feita por Gerry Conway e Dan Jurgens, passada num ambiente militar. Sun Devils não teve o selo da Comics Code Authority, o que a poderia tornar interessante para ser republicada na Vertigo.






Durante 1985, passaram ainda pelas bancas revistas do Deadmane do Dr. Fate, republicando histórias passadas. Ambos os personagens permaneceram paralelos à Vertigo, mas nunca foram formalmente absorvidos. A história do Manhunter de Archie Goodwin e de Walt Simonson, retirada das últimas páginas de Detective Comics, também foi republicada numa edição especial. Começando em 1984, a DC também editou uma antologia para novos talentos, New Talent Showcase, englobando vários temas, desde os super-heróis ao terror, passando pela fantasia e pela ficção científica, mas não deu origem a novos personagens e a revista foi sempre obscura.

Continua na próxima semana com o período referente a 1986 e 1987.










Lançamento Levoir: Colecção Novela Gráfica - Mort Cinder

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Amanhã um enorme clássico da BD mundial nesta excelente colecção: Mort Cinder!
Um dos livros que eu quero muito ter na minha estante. Estive várias vezes para o comprar em Castelhano, felizmente vacilei sempre...
Uma grande obra de Hector Oesterheld e Alberto Breccia.
Fiquem com a mais uma vez excelente apresentação do livro pela editora Levoir:

MORT CINDER
Oesterheld e Breccia

Mort Cinder, o homem das mil mortes... Mort Cinder, o herói que morre e ressuscita, e que irá atravessar as eras e os acontecimentos, desde a Torre de Babel e a Batalha das Termópilas, até à Primeira Guerra Mundial, para contar ao seu amigo, o antiquário Ezra Winston, tudo o que os seus olhos viram da História.

Criada em 1962, Mort Cinder rapidamente atingiu uma popularidade enorme, sendo considerada uma das maiores obras de banda desenhada argentina, e uma das mais importantes no panorama da BD mundial. A série começaria em Julho de 62 na revista Misterix, mas a personagem que empresta o nome à obra apenas surgiria em Agosto, já que a primeira história da série é inteiramente dedicada a um prólogo que apresenta a personagem de Ezra Winston, um antiquário cuja vida será profundamente afectada pela chegada de Mort Cinder e da sua estranha imortalidade. Um antiquário que tem as feições do próprio desenhador Alberto Breccia, mas envelhecidas, prefigurando de modo perturbador essa viagem pelo tempo de que Mort Cinder é um símbolo. Alberto Breccia, o desenhador, e Hector Oesterheld, o argumentista, são dois dos maiores nomes da BD mundial. Oesterheld é justamente considerado como talvez o maior argumentista de BD de língua espanhola, tendo trabalhado com inúmeros desenhadores numa das épocas mais ricas da banda desenhada sul-americana.

"Hector foi para a história em banda desenhada aquilo que Gardel foi para o tango: marcou um antes e um depois na forma de escrever argumentos. Para mim, foi o inventor do argumento de banda desenhada na forma moderna."
Enrique Breccia

Nascido em 1919, Oesterheld estudou geologia, mas cedo percebeu que o que queria era escrever, e inicia a sua actividade como argumentista de BD em 1951. Logo no princípio dessa actividade colaborará com Hugo Pratt, na altura radicado na Argentina. Com ele assinará várias séries, como Ernie Pike ou Sargento Kirk. Oesterheld fundaria em 1957 a Editorial Frontera, onde publicaria alguns dos seus maiores sucessos, entre as quais a série Sherlock Time, a sua primeira colaboração com Alberto Breccia, e sobretudo o grande sucesso que foi na altura a série El Eternauta, desenhada por Solano López. Já depois do fecho da sua editora, Oesterheld colaborará com
várias revistas, entre as quais a revista Misterix. Aqui desenvolverá a série Mort Cinder, com Breccia, bem como muitas outras em colaboração com grandes nomes da BD sul-americana. À medida que avançavam os anos 60, Oesterheld foi lentamente tingindo a sua obra cada vez mais com as suas convicções políticas, e a publicação em 1968 de uma biografia de Che Guevara em BD motivou os seus primeiros dissabores com o governo militar da altura, que proibiu a venda do livro e confiscou os originais da obra. Depois do início da ditadura militar, Oesterheld juntou-se aos Montoneros, um movimento guerrilheiro que lutava contra a ditadura, e acabou por se tornar no seu chefe de imprensa. Novas edições de livros de Oesterheld, cada vez mais comprometidas com a sua luta contra os militares argentinos, entre as quais uma nova versão de El Eternauta muito comprometida politicamente, que mostrava o Eternauta como um chefe revolucionário que liderava uma revolta contra um governo opressivo (o que aliás motivou alguns problemas com Solano López, o desenhador, que não partilhava dos mesmos ideais) mantiveram Oesterheld na mira da ditadura.

Em Abril de 1977, Oesterheld desaparece, sequestrado pelas forças armadas, numa altura em que as suas quatro filhas tinham sido raptadas e assassinadas. Ainda hoje se desconhecem as circunstâncias, local ou data exacta da sua morte, mas supõe-se que morreu em 1978. Foram muitas as vozes que se levantaram contra a ditadura para prestar homenagem a Oesterheld, e no presente volume incluímos uma belíssima imagem realizada pelo desenhador Félix Saborido, que mostra as personagens criadas pelo argumentista a desfilar pela rua empunhando um cartaz que clama "Onde está Oesterheld?", na pg. 229. A sua obra sempre se pautou por um grande humanismo, mostrando personagens vivas e com as qualidades melhores do ser humano (e algumas das suas fraquezas), lutando contra a injustiça ou as circunstâncias adversas, sem cair em maniqueísmos ou excessos de idealismo.

"Há quem conte para viver e ele fez isso - e muito bem - durante muitos anos; outros vivem apenas para contar, ou contam depois o que não souberam viver. Alguém tem de viver para contar o que os outros fizeram. No seu caso, exemplar, morreu para que pudéssemos contar como viveu até às últimas consequências o que contava."
Juan Sasturain



























Nascido no Uruguay em 1919, Alberto Breccia acabaria por fazer da Argentina a sua segunda pátria. Durante alguns anos sobreviveu como ajudante num matadouro a cortar tripas, mas quando regressava a casa, passava a noite a desenhar, e os tempos livres à procura de trabalho como artista. A partir do início dos anos 1940 começa a desenvolver uma actividade regular de desenhador para várias revistas, trabalhando com vários argumentistas. Mas será em finais de 1950 que criará com Oesterheld a série Sherlock Time, considerada a sua primeira obra de maturidade. Conta-se que o salto qualitativo que a sua obra teve naquela altura foi em grande parte uma reacção a uma crítica do seu amigo Hugo Pratt:"Na verdade, és uma puta barata, porque estás a fazer merda quando podias fazer muito melhor."Nos anos 1960 começa também a internacionalização, com os primeiros trabalhos para o mercado britânico, através da editora Fleetway. A sua evolução vai sendo notória. Em 1962 cria com Oesterheld Mort Cinder, e assina também com ele a biografia de Che Guevara que tantos problemas causou. Nos anos 1970 dá-se o salto para o mercado italiano; uma das suas primeiras obras é uma notável adaptação dos contos de Lovecraft, Os Mitos de Cthulhu, com o argumentista Buscaglia, em que atinge um modo expressionista brilhante. Desde então, o seu trabalho atinge grande fama e nunca mais deixará de editar para inúmeros mercados, salientando-se uma série de obras para o argumentista Carlos Trillo, com quem manteve uma relação muito duradoura. Todos os seus filhos, Patricia, Cristina e Enrique, foram autores de banda desenhada. Faleceu em Buenos Aires em 1993.



























Mort Cinderé sem dúvida uma das maiores obras desta dupla fundamental da banda desenhada mundial, e uma das mais conhecidas. A primeira metade do livro foi previamente editada em Portugal pela ASA em 2005. A presente edição integral contém o total dos episódios da série, e é acompanhada por dois textos de João Miguel Lameiras, um prefácio, e um posfácio sobre o desaparecimento do argumentista: "O Trágico Destino da Família Oesterheld".

Existe um interessante documentário sobre Oesterheld, intitulado H.G.O., realizado por Victor Bailo e Daniel Stefanello, de 1999, que inclui numerosas entrevistas e apresenta a biografia do autor, que pode ser visto no Youtube:

H.G.O. (1999) Héctor Germán Oesterheld, documental (em duas partes)
https://youtu.be/auyUxav8kmM

Mort Cinder - Hector Oesterheld e Alberto Breccia
Formato: 21 x 27 cm
Capa dura
232 páginas a preto e branco

Boas leituras


Lançamento Levoir: Colecção Novela Gráfica - Bando de Dois

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E este é o último romance gráfico desta muito boa colecção da Levoir. Desta vez vamos até ao Brasil para Bando de Dois, obra de Danilo Beyruth.
Este autor ficou bastante conhecido quando desenhou o Astronauta - Magnetar, distribuido incipientemente pela Panini aqui em Portugal...

Atentem bem na qualidade deste artista brasileiro, e já agora convido-vos a clicar no link  Astronauta - Magnetar.

Nota de imprensa da Levoir:

BANDO DE DOIS
Danilo Beyruth

Dois cangaçeiros, últimos sobreviventes do seu bando, partem em busca de vingança e das cabeças decepadas dos seus companheiros, que se encontram na posse da força militar que os derrotou, numa aventura que os levará a enfrentar um verdadeiro exército. Bando de Dois é o livro que relançou a aventura na banda desenhada no Brasil, num registo entre o romance do sertão e o western spaghetti.

Em Portugal, a banda desenhada brasileira - ou HQ, histórias em quadrinhos, como ela é chamada no Brasil - não é muito conhecida, talvez com excepção de Mauricio de Sousa e da sua Turma da Mónica. E por isso, vamos começar por aí: quando há uns anos atrás a Mauricio de Sousa Produções anunciou a sua intenção de lançar uma linha de novelas gráficas com as suas personagens, ninguém estava à espera da qualidade do material que foi editado, e ninguém estava à espera que o primeiro volume desta colecção ganhasse um dos mais prestigiados prémios da BD no Brasil, o Troféu HQ Mix. Ninguém em Portugal, isto é, já que o autor desse volume, Danilo Beyruth, ainda é desconhecido no nosso país. Astronauta: Magnetar, esse livro da colecção Graphic MSP, valeu-lhe em 2013 o seu segundo troféu como Melhor Desenhador, mas Bando de Dois, o livro que têm em mãos, tinha já anteriormente ganho os Prémios de Melhor Desenhador, Melhor Roteirista e Melhor Edição Especial em 2010.

Nascido em 1973, Danilo Beyruth é uma das revelações da banda desenhada brasileira recente, e vem de uma formação em desenho industrial e de uma carreira na publicidade. Mas a sua paixão pela BD levou a que cada vez mais se interessasse pelo meio, e a cursar várias formações: uma ministrada por Octávio Cariello (um desenhador brasileiro com muito trabalho feito também nos EUA, para a DC e Marvel, entre outros), na escola de artes Quanta Academia; e outra na escola Joe Kubert. Em 2007 lança a sua personagem O Necronauta, inicialmente auto-editado em pequenos fanzines, mas que cedo começou a granjear popularidade entre os leitores e passou a ser editado em revistas e na net. Danilo vai tornar-se rapidamente num dos grandes nomes dos "quadrinhos". Depois de obter um apoio da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (o programa ProAC), produziu o seu primeiro romance gráfico, este Bando de Dois, lançado em 2010, e que viria a ganhar os Troféus HQ Mix desse ano e a firmar o seu nome como um dos mais importantes autores de BD brasileiros da actualidade.


Bando de Doisé a história de Tinhoso e de Caveira de Boi, os últimos dois sobreviventes de um bando de cangaceiros que foi massacrado pelos polícias da volante (como eram designadas as unidades de combate aos cangaceiros) do Major Honório, que corta as cabeças dos cangaceiros mortos e leva-as com ele como troféus. Depois de uma visão sobrenatural, Tinhoso decide partir em busca das cabeças dos seus companheiros, e começa aqui a grande aventura, no mais puro estilo western spaghetti, adaptado ao ambiente do sertão brasileiro. Os cangaceiros ocupam um lugar
especial na história e no imaginário do Brasil. Misto de salteadores e guerrilheiros revolucionários, o "cangaço" começou como uma luta contra a precariedade da vida no sertão, contra a injustiça, a falta de trabalho e a falta de terras. Bandos de camponeses pobres erravam pelos sertões do nordeste brasileiro, roubando e assaltando as grandes fazendas dos proprietários ricos, e enfrentando as suas forças mercenárias, os célebres "jagunços", sempre com algum apoio e popularidade junto das populações mais pobres dessas áreas. O cangaço tornou-se num dos grandes temas da literatura de cordel no Brasil, e os cangaceiros muitas vezes eram mostrados como verdadeiros heróis. No final dos anos 1930, o presidente do Brasil, Getúlio Vargas, decidiu erradicar finalmente o cangaço, e empenhou as forças federais nessa luta. É este ambiente duro e violento, que Danilo Beyruth vai retratar com grande dinamismo e eficácia, e com alguma ponta de humor e espírito poético, em Bando de Dois.

O presente volume segue a edição brasileira da Zarabatana Books, sem modificar o texto ou adaptar para português de Portugal (apenas apresentando algumas notas explicativas referentes a alguns termos de gíria menos conhecidos no nosso país). Inclui um prefácio de Sidney Gusman, um dos nomes históricos dos quadrinhos, jornalista, sete vezes vencedor de Troféus HQ Mix e editor-chefe do site Universo HQ, o principal site de divulgação de banda desenhada do Brasil.

Bando de Dois venceu os seguintes prémios de banda desenhada no Brasil:

Prémio Angelo Agostini Melhor Lançamento 2010

Melhor Desenho, Melhor Argumento e Melhor Edição Nacional, Troféus HQMix 2011

Melhor BD Nacional 2010, Prémio UniversoHQ

Bando de Dois de Danilo Beyruth
Formato 21 x 28cm
Capa dura
96 páginas a preto e branco.





























Boas leituras
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