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XI Festival Internacional de BD de Beja (FIBDB): Programa detalhado

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O Leituras de BD avança com o programa completo e detalhado do Festival Internacional de BD de Beja.
Para outras informações, tipo como chegar, onde ficar, onde comer, etc., revejam o primeiro post sobre o tema:
XI Festival Internacional de BD de Beja (FIBDB): Apresentação
Grzegorz Rosiński

XI FESTIVAL INTERNACIONAL DE BANDA DESENHADA DE BEJA

AS EXPOSIÇÕES

CASA DA CULTURA

A POLÓNIA EM VINHETAS– Polónia
Exposição comissariada por Jakub Jankowski e Paweł Timofiejuk, com Bogusław Polch, Denis Wojda, Grzegorz Rosiński, Henryk Jerzy Chmielewski, Janusz Christa, Krysztof Gawronkiewicz, Mateusz Skutnik, Michał Śledziński, Przemysław Truściński, Rafał Skarżycki, Szarlota Pawel, Tomasz Leśniak, Wojciech Stefaniec e Zbigniew Kasprzak (Kas).

ALTAR MUTANTE– Espanha
Exposição comissariada por Kike benlloch, Alfonso Bueno e Luis Sendón, com Alfonso Bueno, Álvaro López, Amelia Navarro, André Coelho, Bougie, César Valladares, Don Rogelio J., Josef F. Rico, Kike Benlloch, Luis Sendón, Manel Cráneo, Pedro Villarejo, Putrid, Santy Gutiérrez e Sergio Covelo.

ANDRÉ PACHECO– Portugal

ANDRÉ PEREIRA– Portugal

IMPROVISOS NA TOALHA DE MESA– Portugal
Exposição comissariada por Geraldes Lino, com Ana Oliveira, André Caetano, André Oliveira, Andreia Rechena, Berberian, Bruno Ma, Bruno Silva, Carlos Faria, Carnot Júnior, Casimiro, Daniel Maia, David Rubín, Diogo Carvalho, Filipe Duarte, Fritz, Hugo Teixeira, Joana Afonso, Joana Morgado, João Ataíde, João Mascarenhas, João Sequeira, João Tércio, Jorge Coelho, Jorge Machado-Dias, José Maria Pimentel, José Smith Vargas, Klévisson Viana, Laerte, Laudo Ferreira, Lindomar, Marta Patalão, Miguel Falcato, Miguel Gabriel, Miguel Santos, Outro Nuno, Pedro Alves, Pedro Brito, Pedro Cruz, Pedro Gamito, Pedro Manaças, Pedro Morais, Pedro Potier, Pedro Ribeiro Ferreira, Pepedelrey, Relvas, Ricardo Saúde, Ricardo Venâncio, Rossi, Rui Batalha, Sara Patalão, Shuang, Tché Gourgel, Tiago Ribeiro, Tommi Musturi, Véte e Victor Jesus.

LUÍS LOURO – Portugal
Luís Louro

MANUEL MORGADO – Portugal

MARCELLO QUINTANILHA– Brasil

O ESPIRRO DO DRAGÃO, de Aida Teixeira, Carlos Rocha e Rá Taniças– Portugal

SPACCA– Brasil

STANISLAS– França

TED BENOIT– França

VOLTA: O SEGREDO DO VALE DAS SOMBRAS, de André Oliveira e André Caetano– Portugal

YSLAIRE– Bélgica


MUSEU REGIONAL DE BEJA

CAFÉ ESPACIAL À QUINTA– Brasil
Exposição comissariada por Sergio Chaves e Lídia Basoli, com Alejandro Farías, Ana Vieira, André Caetano, André Diniz, André Oliveira, Cris Aguirre, Daniel Bueno, Débora Raphaeta, Ebbios, Fábio Lyra, Felipe Selles, Flavio Soares, Floreal Andrade, Francis Ortolan, Guilherme Gerais, Jana Lauxen, L. M. Melite, Laudo Ferreira, Laura Athayde, Leonardo Pascoal, Liber Paz, Lielson Zeni, Loris Z., Lucio Luiz, Marcelo Sampaio, Samanta Flôor, Sergio Chaves e Sueli Mendes.


NÚCLEO EXPOSITIVO DO MUSEU REGIONAL DE BEJA – RUA DOS INFANTES

CARLOS BAPTISTA MENDES– Portugal
Ted Benoit


TEATRO MUNICIPAL PAX JULIA

TMNT PORTUGAL TRIBUTE– Portugal
Exposição comissariada por Gabriel Evangelista com Ana Santo, André Beja, Bruno Balixa, Carla Rodrigues, Daniel Maia, Fernando Lucas, Filipe Teixeira, Francisco Sequeira, Gabriel Evangelista, Gisela Martins, Henrique Valadas, Inês Barros, Jo Bonito, João Amaral, João Mascarenhas, Luís Valente, Marc Parchow, Pedro Burin, Pedro Carvalho, Pedro Potier, Petra Marcos, Quico Nogueira, Sara Ferreira, Susana Resende e Susana Silva.


MOSTRAS NA BEDETECA

A VIAGEM DO ELEFANTE, de João Amaral, sobre o livro de José Saramago – Portugal

10 ANOS DO BDJORNAL– Portugal




A PROGRAMAÇÃO
DO PRIMEIRO FIM-DE-SEMANA AO MINUTO

DIA 29 DE MAIO, SEXTA-FEIRA

ENTRADA DA CASA DA CULTURA
21h00
Inauguração.
Abertura das Exposições.
Lançamento do Splaft! n.º 11, catálogo do Festival.
Lançamento do Venham + 5 n.º 9.
André Pereira
Abertura do Mercado do Livro.
Abertura do Mercado Geek.
Abertura da Tenda do Modelismo.
Abertura da Tasquinhas – Jantares e petiscos (comida típica e vegetariana).

21h30
Abertura das exposições no MUSEU REGIONAL DE BEJA / TEATRO MUNICIPAL PAX JULIA / NÚCLEO EXPOSITIVO DO MUSEU REGIONAL DE BEJA – RUA DOS INFANTES – Até às 23h00

ENTRADA DA CASA DA CULTURA
22h00
GRUPO CORAL DE BEJA
22H15
Concertos Desenhados
TANGO PARIS com SUSA MONTEIRO
ERMO com ANDRÉ CAETANO
LOS WAVES com PEPEDELREY
DJ NUNO THRASHER

BEDETECA DE BEJA (1º ANDAR DA CASA DA CULTURA)
3h00
Noite de Terror com a exibição do filme REC (2007), de Jaume Balagueró e Paco Plaza Apresentação de Paulo Monteiro.

Intervalo para cear.

4h30
Encerramento do primeiro dia.


Yslaire


DIA 30 DE MAIO, SÁBADO

CASA DA CULTURA
10h00
Abertura das Exposições.
Abertura do Mercado do Livro.
Abertura do Mercado Geek.
Abertura da Tenda do Modelismo.

10h00
Abertura das exposições no MUSEU REGIONAL DE BEJA / TEATRO MUNICIPAL PAX JULIA / NÚCLEO EXPOSITIVO DO MUSEU REGIONAL DE BEJA – RUA DOS INFANTES – Até às 18h00

BEDETECA DE BEJA (1º ANDAR DA CASA DA CULTURA)
11h00
Dois Dedos de Conversa – Celebração dos 400 Anos da publicação da PEREGRINAÇÃO, de Fernão Mendes Pinto com JOSÉ RUY (autor da banda desenhada Fernão Mendes Pinto e a sua Peregrinação) e com CRISTINA GOUVEIA.
11h30
Dois Dedos de Conversa – TINTIN NA ROMÉNIA, com DODO NITA e PEDRO MOTA.
Das 12h00 às 12h30
Dois Dedos de Conversa – TED BENOIT com JOÃO MIGUEL LAMEIRAS.

ENTRADA DA CASA DA CULTURA
A partir das 13h00
Abertura da Tasquinhas – Almoços e petiscos (comida típica e vegetariana).

BEDETECA DE BEJA (1º ANDAR DA CASA DA CULTURA)
Spacca
14h00
Apresentação do livro VOLTA: O SEGREDO DO VALE DAS SOMBRAS (Polvo), de André Oliveira (argumento) e André Caetano (desenho), com os autores.
14h15
Lançamento do livro MEZCAL, MUERTE Y CALAVERAS (El Pep), de Ricardo Reis, com o autor e com o editor Pepedelrey.
14h30
Lançamento do livro GENTLEMAN nº1 de 4 (Ave Rara), de André Oliveira (argumento) e Ricardo Reis (desenho), com os autores.
14H45
Dois Dedos de Conversa – MARCELLO QUINTANILHA com JORGE MACHADO-DIAS.
15h15
Apresentação do livro ZOMBIE (Mundo Fantasma), de Marco Mendes, com o autor e com o editor Júlio Moreira.
15H30
Lançamento do livro BALCÃO TRAUMA, Vol. 2 (Insónia), de Álvaro Santos, com o autor e com Pedro Mota.
15H45
Lançamento do livro LIVING WILL n.º 4 (Ave Rara), de André Oliveira (argumento) e Pedro Serpa (desenho), com os autores e com Gabriel Martins.
16h00
Lançamento do livro AVE RARA (Insónia), de Pedro Mota, com o autor e com o editor Álvaro Santos.
16h15
Lançamento dos livros QCDI # 3000 (Chili Com Carne), de André Pereira, Astromanta, Hetamoé e Mao, e MAGA (Chili Com Carne / Clube do Inferno), dirigido por João Machado, com os autores e com o editor Marcos Farrajota.
16H30
Dois Dedos de Conversa – STANISLAS com PEDRO MOTA.
17h00
Lançamento do fanzine EFEMÉRIDE – HERÓIS DE BD NO SÉCULO XXI nº6, parte 3 de 4 (Geraldes Lino), com os autores e com o editor Geraldes Lino.
17h15
Apresentação do livro O ESPIRRO DO DRAGÃO (Kingpin Books), de Aida Teixeira (argumento), Carlos Rocha (desenho) e Rá Taniças (cor), com os autores e com o editor Mário Freitas.
Aida Teixeira e Carlos Rocha
17h30
Lançamento dos livros TONY CHU: DETECTIVE CANIBAL – SABOR INTERNACIONAL, Vol. 2 (GFloy), e WOLVERINE: ORIGEM 1 (GFloy). Apresentação dos planos editoriais da GFloy para o segundo semestre de 2015 e primeiro semestre de 2016, com o editor José de Freitas.
17h45
Apresentação dos livros CASULO – CURTAS DE BD DE ANDRÉ OLIVEIRA COM VÁRIOS ARTISTAS (Kingpin Books), de André Oliveira, e SOLOMON: DELUXE EDITION, de Carlos Pedro, com os autores e com o editor Mário Freitas.
Das 18h00às 18h15
Lançamento do livro 1000 TORMENTAS (Kingpin Books), de Tony Sandoval, com o editor Mário Freitas.

SALA DE BALETT (RÉS-DO-CHÃO DA CASA DA CULTURA – ALA DIREITA)
Das 16h00às 16h40
Histórias Contadas (a partir dos 4 anos)
O PASSAROCO NA SELVA DO REI LEÃO – Um livro de Rita Cortês, contado por Rita Cortês.

MERCADO DO LIVRO
SESSÃO DE AUTÓGRAFOS COM OS AUTORES DOS LANÇAMENTOS E APRESENTAÇÕES
Das 18H00às 19h30
Álvaro Santos / Carlos Pedro / Diogo Carvalho / João Amaral / José Ruy / Marco Mendes / Pedro Mota / Pedro Serpa / Ricardo Cabral / Ricardo Reis

Os autores permanecerão nos espaços dedicados aos autógrafos sempre que desejarem, antes ou depois do horário “oficial”.

ARCADAS EXTERIORES DA CASA DA CULTURA
SESSÃO DE AUTÓGRAFOS COM OS AUTORES DAS EXPOSIÇÕES
Das 18h00às 19h30
André Oliveira e André Caetano / André Pacheco / André Pereira / Carlos Baptista Mendes / Aida Teixeira, Carlos Rocha, e Rá Taniças / Luís Louro / Manuel Morgado / Marcello Quintanilha / Sérgio Chaves / Spacca / Stanislas / Ted Benoit / Yslaire

Os autores permanecerão nos espaços dedicados aos autógrafos sempre que desejarem, antes ou depois do horário “oficial”.
Manuel Morgado

ENTRADA DA CASA DA CULTURA
A partir das 19h00
Abertura da Tasquinhas – Jantares (comida típica e vegetariana).

BEDETECA DE BEJA (1º ANDAR DA CASA DA CULTURA)
Das 21h00às 21h30
Dois Dedos de Conversa – YSLAIRE com JOÃO MIGUEL LAMEIRAS.
Das 21h30às 21h45
Entrega do PRÉMIO GERALDES LINO 2015 a ANDRÉ PACHECO, e lançamento do livro PURGATÓRIO, Colecção Toupeira n.º 8 (Bedeteca de Beja), de André Pacheco, com o autor, Geraldes Lino e Paulo Monteiro.

ENTRADA DA CASA DA CULTURA
22h00
Exibição do videograma POR ESTA PEREGRINAÇÃO ACIMA, com música de FAUSTO e desenhos de JOSÉ RUY.
22h30
Concertos Desenhados
KANOA com ANDRÉ FERREIRA
PROJECTO BUG com NUNO SARAIVA
DJ MMMNNNRRRG

BEDETECA DE BEJA (1º ANDAR DA CASA DA CULTURA)
3h00
Noite de Cinema e Banda Desenhada, com a exibição do filme SNOWPIERCER (2013), de Joon-ho Bong, baseado na banda desenhada Le Transperceneige de Jacques Lob, Benjamin Legrand (argumento) e Jean-Marc Rochette (desenho). Apresentação de Paulo Monteiro.

Intervalo para cear.

4h30
Encerramento do segundo dia.



André Oliveira e Pedro Serpa

DIA 31 DE MAIO, DOMINGO

LARGO DO MUSEU REGIONAL DE BEJA
Das 10H00às 12h00
Visita guiada com FLORIVAL BAIÔA MONTEIRO – A Arte Azulejar de Beja.

CASA DA CULTURA
10h00
Abertura das Exposições.
Abertura do Mercado do Livro
Abertura do Mercado Geek.
Abertura da Tenda do Modelismo.

10h00
Abertura das exposições no MUSEU REGIONAL DE BEJA / TEATRO MUNICIPAL PAX JULIA / NÚCLEO EXPOSITIVO DO MUSEU REGIONAL DE BEJA – RUA DOS INFANTES – Até às 18h00

ENTRADA DA CASA DA CULTURA
A partir das 13h00
Abertura da Tasquinhas – Almoços e petiscos.

BEDETECA DE BEJA (1º ANDAR DA CASA DA CULTURA)
14h00
Dois Dedos de Conversa – LUÍS LOURO com DIOGO CARVALHO.
14h30
Dois Dedos de Conversa – CARLOS BAPTISTA MENDES com CRISTINA GOUVEIA.
15h00
Apresentação dos nomeados para os TROFÉUS CENTRAL COMICS, com Hugo Jesus.
15h15
Dois Dedos de Conversa – SPACCA com JORGE MACHADO-DIAS.
15h45
Apresentação do livro TERREA, de Ricardo Cabral, com o autor.
16h00
Kas (Zbigniew Kasprzak)
Dois Dedos de Conversa – A POLÓNIA EM VINHETAS, com JAKUB JANKOWSKI e PAWEL TIMOFIEJUK.
16h15
Apresentação da revista ALTAR MUTANTE, com Kike Benlloch.
16h30
Dois Dedos de Conversa – DUAS OU TRÊS COISAS SOBRE A BD NA ROMÉNIA, com DODO NITA e PEDRO MOTA.
16h45
Apresentação do livro STEAMPUNK ORIGINALS, Vol. 7 (Arcana Comics), com Diogo Carvalho.
17h00
Apresentação da loja online COMICHEART, com Diogo Campos e Bruno Caetano.
17h15
Lançamento do livro TUNGSTÉNIO (Polvo), de Marcello Quintanilha, com o autor e com editor Rui Brito.
17h30
Dois Dedos de Conversa – SÉRGIO CHAVES (Café Espacial) com JORGE MACHADO-DIAS.
Das 18h00 às 18h15
Apresentação do livro FAME: SETH MACFARLANE (Bluewater Productions), de Gabriel Evangelista, com o artista.

20h00
Encerramento do terceiro dia.



MERCADO DO LIVRO

6 lojas
Dr. Kartoon / El Pep Store / Invicta Indie Arts / Kingpin Books / Mundo Fantasma / O Lobo Mau

Mais de 60 editores presentes
A. M. Pereira / Âncora / Arcana Comics / Arga Warga / ASA / Assírio & Alvim / Associação Tentáculo / Ave Rara / Bedeteca de Beja / Bertrand / Bizâncio / Café Espacial / Campo das Letras / Chiado Editora / Chili Com Carne / Clube do Inferno / Contraponto / D. Quixote / Devir / Edições Dr Makete / Edimpresas / El Pep / Época de Ouro / Extractus / Fanzines e Martelos / Gailivro / Girassol / Gradiva / Grafitexto.pt / Grupo Entropia / Imprensa Canalha / Insónia / Kalandraka / Kingpin Books / LAB-ACM IPBeja / Libimpress / Luminus Box / Mercado de Letras / MMMNNNRRRG / Mundo Fantasma / Mythos / NCreatures / Opuntia Books / Panini / pedranocharco / Plana Press / Planeta Tangerina / Polvo / Presença / Prime Books / Qual Albatroz / Tinta-da-China / Tugaland / Verbo / Zona
Outros editores: André Pacheco / Andreia Rechena / Xavier Almeida e Bernardo Fachada / Geraldes Lino / Mário José Teixeira / Sama / Véte

Lançamentos e novidades apenas no Mercado do Livro

VIOLÊNCIA ELECTRO-DOMÉSTICA, de Xavier Almeida e Bernardo Fachada (edição dos autores, manufacturada em gravura de linóleo).

Lançamento do BDJORNALECO n.º 7 (pedranocharco), sobre Spacca.

Lançamento do livro A ENTREVISTA, de Sama (edição do autor).

Relançamento d’AS AVENTURAS DE PAIO PERES, Vol. 1 e 2 (pedranocharco), de Jorge Machado-Dias (argumento) e Victor Borges (desenho).

No site do evento têm muita e variada informação:
http://www.festivalbdbeja.bedeteca.net/


O Leituras de BD apoia o Festival Internacional de BD de Beja

Boas leituras

Lançamento Polvo: Tex - Patagónia

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Pela primeira vez um Tex Gigante é editado em Portugal!
Tex, aquele cowboy de camisa amarela, tem uma legião de fãs enorme por esse mundo fora, e também em Portugal. Aliás, Portugal deve ter o maior fã do mundo: o José Carlos Francisco.
Foi ele que impulsionou o Clube Tex Portugal, e ele que está por trás de toda esta actividade de modo a dar a Portugal o seu primeiro livro do Tex.

Patagónia é um bom livro, eu tenho e já li, e sinceramente acho que foi uma escolha adequada para uma primeira publicação Tex Gigante aqui em Portugal. O livro terá um formato um pouco maior daquele a que os fãs estão habituados, e o papel é de certeza muito melhor que o habitual nas edições brasileiras do Tex. Aliás, este livro perdeu muito graficamente na edição brasileira exactamente por causa do papel!

Fiquem com a apresentação por parte da editora:

Tex: Patagónia

Nesta singular aventura, escrita de forma apaixonada por Mauro Boselli e esplendidamente desenhada por Pasquale Frisenda, Tex e o seu filho Kit Willer viajam até à Patagónia, nos confins da Argentina, ao pampa, para participarem numa missão que é, ao mesmo tempo, de resgate de prisioneiros e punitiva, na sequência de sanguinários ataques por parte dos índios. Trata-se de uma movimentada história, cheia de acção, que aborda com singular realismo o genocídio das tribos índias e onde assistimos à luta de um povo pela sua sobrevivência, à custa de muita tenacidade, determinação, heroísmo, vontade de liberdade, sacrifício, sangue e mortos.

O que dizem os especialistas em Tex:

(...) uma bela aventura, épica, histórica, muito bem documentada, com trabalho de casa e com uma grande prestação gráfica de Pasquale Frisenda.
-- Mário João Marques --

É, sem exageros, uma das melhores histórias de Tex de todos os tempos!
-- Pedro Bouça --

É, de muito longe, a melhor história de Tex que já li. (...) alia o exotismo de um cenário pouco habitual para um western, como as pampas argentinas, a um argumento muito bem construído por Mauro Boselli.
-- João Miguel Lameiras --

(...) apresenta páginas notáveis, passíveis de entrar em qualquer galeria de quadradinhos a preto e branco.
-- Pedro Cleto --

OS AUTORES:

PASQUALE FRISENDA (Milão, 1970)
Chega à Banda Desenhada guiado pelo destino, em passos incertos e até casuais. Depois de um curso de banda desenhada que frequentou em Milão e do contacto e troca de experiências com outros artistas do meio entra na equipa de desenhadores de “Ken Parker”. Quando esta série é adquirida pela Sergio Bonelli Editore, está finalmente na mítica editora italiana, desenhando “Mágico Vento”, com argumento de Gianfranco Manfredi e, a partir de certa altura, compondo também as capas desta série. Desejando confrontar-se com outras atmosferas, expressa essa sua vontade a Sergio Bonelli, que o convida a desenhar um “Tex Gigante”. O autor não desperdiça a oportunidade, única e irrecusável, e com argumento de Mauro Boselli desenha este “Patagónia”, em 2009, onde reflecte a sua visão do personagem. Voltará a ele mais tarde, já na série regular de “Tex”, com “Il Segreto del Giudice Bean”, novamente com argumento de Boselli.

MAURO BOSELLI (Milão, 1953)
Tem vindo a desempenhar várias profissões ao longo da vida: argumentista, redactor, tradutor, polígrafo... Trabalha há mais de trinta anos no campo da Banda Desenhada. Depois de uma experiência como assistente do criador de “Tex”, Gianluigi Bonelli, entra para a Sergio Bonelli Editore, em 1984, como redactor das revistas “Pilot” e “Orient Express”. Apesar de embrenhado numa série de misteres relacionados com a actividade, vai escrevendo histórias, entre as quais algumas de “Zagor”, personagem de que terá a curadoria editorial durante 10 anos. 1994 marca a sua entrada no reduzidíssimo staff de “Tex”. Em 2000 cria, com Maurizio Colombo, a série de horror “Dampyr”. Até hoje, Boselli já criou mais de 30.000 páginas de Banda Desenhada para a Bonelli e recebeu vários prémios do sector. É da sua pena “Tex Willer. La storia della mia vita”, autobiografia “oficial” de “Tex”.

FICHA TÉCNICA:
Edição da Polvo, com tradução de José Carlos Francisco, que assina também o texto introdutório, e legendagem de Hugo Jesus.
228 páginas a preto e branco, no formato 18,5 x 24,5 cm.
Capa a cores, brochada, com badanas.
PVP (IVA incluído): 16,99 euros.

De notar que o preço no dias de lançamento será de 15€ para os sócios do Clube Tex Portugal, e de 16€ para todas as outras pessoas que se deslocarem a esta 2ª Mostra do Clube Tex Portugal.

Boas leituras

Lançamento Goody: Simpsons #13

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A revista Simpsons teve uma vida curta em Portugal.
Foram 13 números mas não teve o sucesso mínimo que pudesse fazer com a revista continuasse a ser publicada em Portugal. Pena.

Pode dever-se simplesmente a um esbater de sucesso que a própria série televisiva já tem possui, foram muitos anos de Simpsons e já é difícil inovar em qualidade depois de tanto tempo.
Penso que o formato da revista também não ajuda muito, e sinceramente nunca vi esta revista em lugar visível nas tabacarias e bancas que costumo visitar.

Bom, pelo menos a Goody foi leal e honesta anunciando o cancelamento, ao contrário do que se passou com outras publicações de outras editoras que deixaram os leitores em suspenso.



























Segue a informação da editora para este último número português dos Simpsons:

Simpsons #13

A edição Simpsons #13 acaba de chegar hoje às bancas, dia 8 de Maio.

Confirmamos que esta edição será a última que publicamos uma vez que não nos é possível continuar a assegurar este projecto de forma equilibrada tanto para os nossos leitores quanto para a equipa Goody.

Esperamos no entanto poder contar com a vossa atenção para os actuais projectos bem como para os futuros que estamos a desenhar pois é nossa filosofia procurar inovar e surpreender a comunidade que é afinal a nossa verdadeira razão de existir.



























Boas leituras

Lançamento G.Floy: Saga Vol.2

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Está à venda o segundo volume da excelente série Saga em português pela editora G.Floy!
Tinha sido prometido por esta editora que os segundos volumes das séries a que se propôs publicar em português, seriam distribuídos na Primavera de 2015, e aí estão eles!

O volume 3 desta série será publicado em Outubro, ou seja, irá sair em pleno Amadora BD. Bem apostado, penso eu.
:)
Fiquem com a nota de imprensa da G.Floy e muitas imagens:

SAGA Volume Dois

Com o lançamento do segundo volume de SAGA, regressamos ao universo de ficção-científica e fantasia de Brian K. Vaughan, uma das séries de banda desenhada de maior sucesso comercial e crítico da actualidade, a que a Entertaiment Weekly chamou "o tipo de comic que só aparece quando se dá a um par de criadores superstars liberdade total para produzir o comic dos seus sonhos".

Marko e Alana continuam em fuga, com a sua filha bebé, Hazel, perseguidos pelas muitas facções de um vasto conflito interestelar. O seu crime? Ameaçar a "narrativa" que é a única justificação para esta guerra que assola a galáxia. Hazel já sobreviveu a assassinos letais, Príncipes Robots, exércitos e monstros alienígenas, mas terá agora de enfrentar o seu maior desafio... os seus avós! Neste volume descobriremos mais sobre o romance entre Alana e Marko antes de Hazel nascer, bem como a história dos pais de Marko. Seguiremos também o percurso do assassino conhecido como A Vontade, e o seu encontro com... Gwendolyne, a ex-noiva de Marko! E quem é Oswald Heist? Fique a saber tudo em SAGA Volume 2.

SAGA foi lançado em Portugal em Novembro de 2014, durante o Festival da Amadora BD. Esteve em grande destaque no Comic-Con no Porto, em que a presença de Brian K. Vaughan foi muito notada e gerou as maiores filas de autógrafos de qualquer autor de BD neste festival, tendo sido também referida em inúmeras entrevistas extensas publicadas na altura.
Uma das entrevistas mais interessantes:"Na última década o mundo dos comics tornou-se mais feminista":
http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/na-ultima-decada-o-mundo-dos-comics-tornouse-mais-feminista-1678696

"Quando comecei a escrever Y: The Last Man e a ir a convenções deste género, eram sempre homens a vir ter comigo. Agora, em Saga, diria que 60% dos leitores são mulheres. Na última década, o mundo dos comics tornou-se num meio igualitário e mais feminista. Bem mais do que o cinema e a televisão."
Brian K. Vaughan

- SAGA Volume 2 inclui os números 7-12 do comic regular. SAGA é publicado nos EUA em arcos de história de 6 números, e cada volume recolhe um arco. Entre cada seis números da revista mensal existe um intervalo de cerca de três meses, antes de ser lançado o arco seguinte. Os arcos estão agrupados em três, ou seja, os Volumes 1-3 da série correspondem ao primeiro ciclo da saga, em que Hazel é ainda bebé.

- o Volume 3 da versão portuguesa da série está previsto para Novembro deste ano (2015).
"..Será tudo isto o suficiente para fazer de Saga um livro mais do que recomendável? Não, o que torna a sua leitura interessante é a guerra a deixar de ser pano de fundo, para se transformar em personagem, acossando o casal, com o poder de os transformar, como aos seus perseguidores, em monstros. Não é difícil supor a influência da actualidade sobre o texto de Brian K. Vaughan. Habitantes do planeta Fenda, os temidos “horrores” são, afinal, fantasmas de crianças que atormentam, com alucinações, o exército invasor. Pisaram minas ou sofreram ferimentos mortais de estilhaços, e vagueiam pelas florestas, iluminados por halos vermelhos. Não se salvaram, como não se salvará a menina refugiada que faz o que os homens quiserem. Sendo um livro assumidamente escapista, Saga reenvia o leitor para o real. E, nesse movimento, desvela a dialéctica que o sustenta: entre a fantasia da ficção e a violência do mundo."
José Marmeleira, in Ípsilon / PÚBLICO

SAGA Volume DOIS
152 páginas a cores, capa dura.
ISBN: 978-87-91630-89-7
PVP: 10,99€
G. FLOY Studio














































































Boas leituras

Lançamento G.Floy: Fatale Vol.2

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E a seguir ao anúncio de Saga, nada melhor que divulgar mais um número do excelente Fatale!
A G.Floy está a cumprir, e isso é bom! Cria um ambiente de confiança entre a editora e os seus clientes, e para garantir isso o volume 3 já está agendado para a mesma altura do Saga, ou seja, em Outubro (mês do Amadora BD).

Para quem não sabe, Fatale é um policial negro com entradas de fantasia sobrenatural, mas uma crítica está agendada para o final desta semana.

Fiquem com a nota de imprensa da G.Floy e muitas imagens:


FATALE Volume Dois
O Negócio do Diabo

A mulher mais Fatal dos últimos cem anos regressa, na segunda parte desta saga de terror policial que vai seguindo os meandros
mais escuros da história secreta da América, misturando thriller e terror sobrenatural.

Em 1970, em Los Angeles, Josephine não consegue escapar às forças de Hollywood, dos cultos satânicos, de sinistros filmes de 16mm e dos perversos milionários que os tentam adquirir... Quando um actor e a sua amiga ferida se cruzam com ela, vamos
assistir a uma explosão de acção que ecoará até aos nossos tempos, em que Nicholas Lash continua obcecado por encontrar a imortal Josephine e descobrir os seus segredos... qualquer que seja o preço que tenha de pagar por isso.

"A imortalidade pode ser uma lâmina de dois gumes, mas é uma arma que a fascinante Josephine usa com uma elegância sem igual, neste romance gráfico irresistível."
- Publishers Weekly

Ed Brubaker, um dos maiores argumentistas de banda desenhada americana, e autor entre outros, de Capitão América: O Soldado do Inverno, junta-se a um dos mais talentosos artistas britânicos, Sean Phillips, para assinar esta história em que terror e policial negro colidem num dos maiores sucessos dos comics actuais. Nomeada para cinco Eisners (incluindo Melhor Série Nova, Melhor Argumento, e Melhor Desenho), a série ganhou também o Eisner para as Melhores Cores, pelo trabalho de Dave Stewart.

- Fatale saiu nos EUA sob a forma de uma série de 24 números regulares. Cada volume recolhe 5 números, excepto o terceiro, que apenas inclui quatro capítulos.

- Cada um destes arcos de história decorre numa era diferente, para além de continuar a saga de Nicholas Lash na nossa época.

- Ed Brubaker produziu um divertido trailer de lançamento para a série, que pode ser visto no Youtube no canal Multiversity Comics:"Ed Brubaker and Sean Phillips'"Fatale" Trailer from NYCC".https://youtu.be/enww0k2Mips


E não percam, no Outono de 2015, o terceiro volume da série: desde os dias mais negros da Grande Depressão, à Idade Média e ao Velho Oeste, um conjunto de contos de terror em volta do mito e do mistério da Femme Fatale que vêm revelar os segredos que nem a nossa heroína conhece!


Fatale Volume Dois: O NEGÓCIO DO DIABO
128 páginas a cores, capa dura.
ISBN: 978-87-91630-91-0
PVP: 9,99€
G. FLOY Studio














































































Boas leituras

Comic Con Portugal 2015: Primeira imagem!

Máquina do Tempo: Crise nas Infinitas Terras - O Ataque final

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No último artigo, ficámos no momento em que os heróis decidiram ir atacar o Anti Monitor, no que parecia ir ser uma batalha final, mas que se revelou na verdade apenas mais uma etapa e que ainda não seria dessa vez que a Crise chegaria ao fim.

O número #7 da Crise nas Infinitas Terras tinha logo na sua capa uma imagem que mostrava bem o que ia acontecer, um desenho icónico de George Pérez que já foi homenageado por diversas vezes e até mesmo parodiado, tal a força dessa imagem. Foi o primeiro grande combate com o vilão da história, foram precisos alguns dos maiores heróis das várias terras para isso, mas mesmo assim tudo parecia em vão, a própria fortaleza do vilão era um obstáculo complicado de ser ultrapassado.

Por entre momentos dos heróis a tentarem destruir a máquina do Anti Monitor, víamos cenas em que os vilões desapareciam misteriosamente, algo  que viríamos a descobrir o porquê alguns números mais tarde. Voltando à batalha, percebíamos que nem o poder de dois Super-Homem juntos estava a ser o suficiente, mas foi outra habitante de Krypton a ganhar o destaque nesse número.

A Supermoça decide ir com toda a fúria para cima do vilão, mesmo sabendo que isso podia significar a sua morte, e foi mesmo isso que aconteceu. Apesar de todas as mortes que já tinham acontecido nesta saga, esta foi sem sombra de dúvidas das mais intensas e uma das que teve mais impacto, quer dentro das páginas quer fora delas. Afinal muitos dos leitores tiveram paixoneta por aquela heroína, e maior parte dos heróis gostava da sua forma de ser e estar no Universo DC, logo foi um acontecimento marcante e um dos mais recordados de toda a série.


No número seguinte vimos que afinal o Anti Monitor ainda estava vivo, aparecendo junto do Pirata Psíquico e do Flash, que decide tentar impedir os planos do vilão e corre para impedir que este use o seu canhão de anti matéria, e assim o consegue mas ao custo da sua própria vida.

Se a morte da Supermoça podia ser um pouco justificada com o objectivo da série, o de simplificar o universo DC e ela fazia parte da confusão da história do Super Homem, neste vimos morrer aquele que era considerado um símbolo entre os heróis, um dos poucos "bons" e era também o maior símbolo da Silver Age.

Foi uma morte mais triste, até porque durante algum tempo só o vilão sabia disso, nenhum dos outros heróis sabia desse sacrifício e de como isso ajudou a que as terras não fossem logo destruídas. Mais um número, mais uma morte importante, mas as coisas não ficavam por aí, no número 9 íamos perceber porque os vilões estavam a desaparecer, naquele que foi um dos meus capítulos preferidos desde que vi a capa do Superamigos #26, com uma data de vilões em grande destaque.

Brainiac e Lex Luthor da terra 1 explicavam aos outros vilões o porquê da sua convocação, e apesar da objecção do Luthor da terra 2 (sumariamente executado na hora), são os dois que orquestram um plano que faria com que atacassem os heróis enfraquecidos, e tentariam conquistar os planetas que ainda existiam.

Foi um pouco uma lufada de ar fresco na saga, e depois de tanta morte e conflito cósmico, víamos um pouco da condição humana, de como um verdadeiro vilão aproveita todas as oportunidades para conseguir o que quer, e estes não podiam fugir a isso. O cérebro de Brainiac tinha tudo planeado, os números dos vilões eram superior aos dos heróis, assim como a força bruta deles, o único problema era que os bons eram mais organizados, e era assim que conseguiam evitar alguns desses ataques.

Esses ataques provocaram algumas mortes, como de Aquamoça, e alguns dos planetas tiveram mesmo sob total controle dos vilões, como a Terra S que fica totalmente congelada, como a Terra X que ficou totalmente controlada pela vida vegetal.


Logicamente que os vilões gostam sempre de se trair uns aos outros, e aqui isso também iria acontecer com Psimon a tentar destruir Brainiac e tomar o poder de Luthor, até que o Robô se farta e destrói por completo o cérebro de Psimon. Nas terras vemos como os heróis começam a conseguir que os vilões recuem, muito para desilusão de Luthor, até que tudo é interrompido pelo Especto, que avisa todos (heróis e vilões) que ainda sofrem o perigo de serem aniquilados pelo anti monitor.

Os vilões aceitam cooperar, e Luthor chega a dizer que espera depois um mundo ou dois como recompensa, e vemos todos a tentarem actuar em conjunto para bem de todas as terras ainda sobreviventes. Vemos como o Espectro é um dos seres mais poderosos do universo e é o combate entre ele e o Anti Monitor que faz com que tudo fique muito estranho nos números seguintes, com os heróis a acordarem todos só numa terra e a pensarem que é a deles.


Foram os números que mais gostei, para além da acção toda neles, a arte de Perez sobressaía, mostrando as terras a serem fundidas e as diversas épocas temporais a conviverem em conjunto, dando origem a painéis muito interessantes.

Depois percebíamos que estava a acontecer algo de muito importante com os Lanternas Verdes, algo que podíamos acompanhar ao pormenor na revista Superamigos, vimos como Guy Gardner agradava a algum dos Guardiões que o encarregaram de uma missão importante, e de como outros não confiavam totalmente e a tropa dos Lanternas pede a um Hal Jordan (mesmo sem anel) que ajude neste combate final.

Esses tie ins para mim foram bastante interessantes, e deu para perceber melhor um pouco do historial da tropa, com membros clássicos como Tomar Re a terem bastante destaque, até que morre no final e ajuda a que Hal volte a usar um anel de Lanterna.

Guy Gardner conquistava muitos dos leitores, quer pela sua atitude de anti herói, quer pelo seu uniforme fora do convencional. Apesar disso tudo, nesta batalha final vemos ele a comandar um bando de vilões, alguns até eram inimigos clássicos dos Lanternas, mais propriamente de Hal.

É um desses, Áureo, que ajuda a matar Tomar Re, assim como alguns outros membros da tropa são destruídos, uma verdadeira crise dentro da crise.

Na minha opinião esses capítulos deviam ser incluídos numa colecção à parte da saga principal, apesar de não serem necessários para a compreensão, são bem interessantes e com grandes momentos.

Existem outras revistas que tinham capítulos relacionados de alguma forma com a série, mas sem sombra de dúvidas que as dos Lanternas são as mais intensas.

Voltamos então para acompanhar os dois últimos números de Crise, de como aos poucos os heróis iam percebendo que estavam numa terra diferente, onde tinha existido uma fusão de diversas terras, e que o próprio Anti Monitor admite ter ajudado a criar mas que agora ameaça a destruir.

Vemos o ataque dos demónios sombra, que saem do céu escuro e começam a matar todos os habitantes da terra, com poderes ou sem poderes. Voltamos a ver mais uns heróis morrerem, enquanto que aqueles que foram desde o começo alvo de atenção por parte do Monitor, partem em busca do vilão, com a ajuda de Alexander Luthor e até de Pariah.

Um plano simples e que envolve a cooperação de vários heróis faz com que o vilão seja finalmente derrotado, mas foi uma vitória curta, já que este começa a absorver os demónios sombra e volta à vida, no momento em que os heróis se preparavam para voltar à terra com a ajuda de Alex.

Superboy Prime e os dois Super Homens tentam derrotar o vilão que prova ter mais vidas que um gato, mas os seres místicos do universo DC tinham feito uma surpresa para ele, deixando algo nos demónios sombras que faria com que estes destruíssem o vilão em vez de o ajudar.

Darkseid entra em acção e faz com que o vilão enfraquecido seja teletransportado para um planetóide, algo a que o mesmo sobrevive e começa de novo a ameaçar tudo e todos, até que o Super Homem original (da Terra 2), decide acabar com tudo dando um único murro que destrói por completo o inimigo.


Como recompensa, tanto esse Superman como sua Lois Lane e ainda Superboy prime poderiam ir viver numa dimensão só deles, assim como que a Mulher Maravilha da Terra 2 fica no Monte Olimpo junto de Zeus. Chegava assim ao final a mega saga que previa facilitar o entendimento do universo DC, e que ajudou a que fossem dadas novas origens e histórias a heróis conceituados como Super Homem ou Mulher Maravilha.

A Legião dos Super Heróis e Gavião Negro foram os que sofreram mais com esta saga, ficando uma origem confusa devido aos acontecimentos na saga. Apesar de tudo, cumpriu boa parte do que se propunha, e para além disso foi uma série cheia de acção com belos capítulos e que continua a ter a sua importância, mesmo depois deste ter sido alvo de um reboot e começado tudo de novo nos Novos 52.

Quem mais é fã desta saga? E para terem noção do massacre, eis a lista das mortes que aconteceram por lá.

Earth 3’s Crime Syndicate of America: Ultraman, Superwoman, Owlman, Johnny Quick, and Power Ring
Earth 3’s Lex Luthor and Lois Lane-Luthor
The Losers: Johnny Cloud, Gunner, Sarge, and Captain Storm
Farmer Boy of Sgt. Rock’s Easy Company
Nighthawk
Kid Psycho
Princess Fern
Lord Volt
The Monitor
The Justice Alliance of Earth D (Isto aconteceu num especial em 1999, chamado de Legends of the DC Universe: Crisis on Infinite Earths)
Supergirl
Earth 1’s Flash
Earth 2’s Lex Luthor
Psimon (mais tarde voltou a aparecer)
Shaggy Man (mais tarde voltou a aparecer)
Aquagirl
Icicle
Mirror Master
Maaldor the Darklord
Angle Man (mais tarde voltou a aparecer)
Tenentes Marvels: Fat Marvel, Tall Marvel, e Hill Billy Marvel (não que tenham sido mortos, mas foi sua última aparição)
Dove
Earth 2’s Green Arrow
Prince Ra-Man
Clayface (Matt Hagen)
The Bugged-Eyed Bandit (mais tarde voltou a aparecer)
The Ten-Eyed Man
Kole
Earth 2’s Robin and Huntress
Starman (Prince Gavyn, que foi transformado em energia pura)
Lori Lemaris (mais tarde voltou a aparecer)
Sunburst (mais tarde voltou a aparecer)
Wonder Woman da Terra 1 (tecnicamente não foi morta, voltou a renascer)
The Anti-Monitor
Fora os Milhões e Milhões de pessoas que morreram nos planetas que eram destruídos.

Basta clicarem na Tag Crise nas Infinitas Terras ou Máquina do Tempo para lerem as outras duas partes, espero que tenham gostado.























































































Links da 1ª e 2ª parte deste artigo:
Crise nas Infinitas Terras - No começo eram muitas
Crise nas Infinitas Terras - Hora de salvar as terras

Vertigo: Pré-Vertigo Parte 2A história que antecede o selo: 1986-1987

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A partir de 1986, a DC passou a ter quatro ou cinco publicações por mês que não pertenciam à cronologia normal ou que tinham um aviso na capa de "Suggested for Mature Readers". Nem todos eram, no entanto, material Vertigo, principalmente em qualidade. As já existentes revistas Hex e Swamp Thing continuaram a ser publicadas mensalmente durante este período.
 
Um dos primeiros títulos novos de 1986 foi a revista Electric Warrior. Escrita por Doug Moench e desenhada por Jim Baikie, a história de ficção científica introduziu alguns temas messiânicos num ambiente que misturava cyberpunk e pós-apocalíptico. O título refere-se ao protagonista principal, um robot que desenvolve consciência humana. Embora a história valha mais pelo world building do que pelas relações entre personagens, a arte de Baikie contribuiu bastante para dar uma identidade própria à revista, que durou 18 números, depois de ter sido lançada em Maio de 1986.
 
No mês seguinte, Moench lançou um título de qualidade bem inferior. Lords of the Ultra-Realm era ostensivamente uma história de fantasia, em que uma dimensão de deuses transforma um veterano da Guerra do Vietname no seu lorde principal. Mas nem a arte de Pat Broderick salvou uma história confusa, com seres pseudo-mitológicos de motivações obscuras e com os saltos entre o mundo alternativo e a Terra a tornarem a história confusa de seguir. Depois de seis números e uma edição especial, foi arrumada no fundo do baú, para nunca mais regressar.

Quem não se farta de regressar à mente das pessoas é Watchmen, o título pré-Vertigo mais famoso de todos, escrito por Alan Moore e desenhado por Dave Gibbons. Tal como Camelot 3000, nunca foi incluído na Vertigo, mas foi uma das primeiras séries a ser republicada em formato encadernado, logo um mês depois do último número. Não há muito mais a dizer sobre Watchmen, a história que reformulou completamente o conceito de super-heróis, colocando-os num ambiente realista, depressivo, onde as consequências das suas acções são devidamente exploradas. Todos os personagens são derivações de super-heróis da Charlton Comics, adquiridos pela DC Comics em 1983. Começando em Setembro de 1986, teve alguns meses de atraso até à publicação da última edição.

O facto de ser, em última análise (e por maior que seja a sua importância literária), uma história de super-heróis, bem como a sua constante republicação (supostamente para impedir que Moore e Gibbons recuperem os direitos de publicação da história) tornou-se um obstáculo para que Watchmen seja vista como uma história apropriada para a Vertigo.

Outro material que nunca passou pela Vertigo é The Shadow. O Sombra, personagem das revistas pulp dos anos 30 e 40, tem aparecido de forma recorrente na banda desenhada. Em Maio de 1986, a DC contratou Howard Chaykin para transplantar o personagem para o presente, numa mini-série de quatro números em formato de luxo. Chaykin acabou por introduzir as suas próprias sensibilidades étnicas e políticas na figura do herói, em contradição com a sua personalidade anterior.

Teve seguimento em Agosto de 1987, com uma série mensal escrita por Andy Helfer e com arte de Bill Sienkiewicz e Kyle Baker. A colocação das histórias no presente e a transformação de Lamont Cranston em Preston Mayrock (um clone) não foi bem aceite pelo público, apesar de não se poder criticar do mesmo modo a qualidade das histórias, com um ambiente algo surreal. A revista durou 19 números, até 1989, com dois anuais, e terminou com o Sombra transformado num ciborgue.



É pouco provável que The Shadow tivesse passado para a Vertigo, que raramente editou material baseado em personagens de outros meios e que tivesse que adquirir os direitos de publicação. Por essa mesma razão, a DC não teria colocado na linha o seu 'colega' dos pulps, Doc Savage, que teve direito a uma mini-série de quatro números escrita por Denny O'Neil e com arte dos ainda principiantes irmãos Kubert, lançada em Novembro de 1986. A história trouxe o herói aventureiro, que foi uma das inspirações dos criadores do Superhomem, para o presente, tal como no caso do Sombra.

Elvira's House of Mystery, começando em Janeiro de 1986, usou a personagem como apresentadora de uma antologia de histórias de terror, no mesmo espírito da série televisiva de 1981. Durou 11 números e uma edição especial, publicada em 1987.





A DC também experimentou lançar graphic novels no mesmo estilo da Marvel, com o título DC Graphic Novel ativo entre 1983 e 1986 e Science Fiction Graphic Novel de 1985 a 1987. No primeiro caso, a DC lançou vários livros independentes, “Star Raiders” e “Warlords”, ambos derivados de jogos da Atari, “The Medusa Chain”, história de ficção científica, “The Hunger Dogs”, levando a história do Quarto Mundo e dos Novos Deuses à sua conclusão natural, “Me & Joe Priest”, “Metalzoic” (publicada em simultâneo no Reino Unido na revista 2000 AD) e “Space Clusters”, todas obras de ficção científica. Trabalharam nesta série autores como José Luis García-López, Ernie Colón, Jack Kirby, Pat Mills e Kevin O'Neil.

Apesar da preponderância de ficção científica, a DC resolveu editar um título próprio, Science Fiction Graphic Novel, mas exclusivamente para adaptar histórias em prosa já existentes: “Hell on Earth”, de Robert Bloch; “Nightwings”, de Robert Silverberg; “Frost and Fire”, de Ray Bradbury; “Merchants of Venus”, de Frederik Pohl; “Demon with a Glass Hand”, de Harlan Ellison; “The Magic Goes Away”, de Larry Niven; e “Sandkings”, de George R. R. Martin. De todas estas graphic novels, a única história reimpressa pela DC foi “Hunger Dogs”, nos omnibus dedicados ao Quarto Mundo de Kirby.

Kirby é alguém que é pouco ligado à Vertigo, mas em janeiro de 1987 foi publicada uma mini-série de quatro números com o seu personagem, The Demon. Da autoria de Matt Wagner, e apesar de ser uma historia relativamente fechada, resolveu as pontas soltas da série do anos 70 e serviu como conclusão para o destino final de Jason Blood e do demónio Etrigan. No final do ano, em Outubro, a DC publicou uma mini-série do Phantom Stranger(Vingador Fantasma), reinventando-o como um agente dos Senhores da Ordem, combatendo Eclipso. Ambas as mini-séries tiveram selo do Comics Code. Etrigan retornou na mini-série Cosmic Odyssey (publicada em português como Odisseia Cósmica), de pedra e cal no Universo DC. O Phantom Stranger, por seu lado, andou dos dois lados da vedação.

O que não teve selo do Comics Code foram duas séries com personagens que estariam mais à vontade no universo dos super-heróis do que os seres sobrenaturais anteriores. No entanto, as suas características como vigilantes urbanos foram a plataforma ideal para contar histórias mais realistas. The Question começou em Fevereiro de 1987, com Denny O'Neil e Denys Cowan aos comandos, reinventando o herói objectivista (filofosia criada por Ayn Rand) como um cruzado contra a corrupção de Hub City, que não era avesso a experimentalismos químicos, algo que o criador do personagem, Steve Ditko, criticou. Vic Sage, o homem por trás da máscara do Questão, tinha algumas tendências masoquistas, uma das razões porque permanecia em Hub City apesar da tarefa sisifiana de limpar a cidade. A revista durou até 1990, com 36 números e dois anuais publicados, e teve crossovers com Green Arrow e Batman. Como o Questão teve histórias subsequentes no Universo DC, nunca foi integrado na Vertigo e esta revista apenas foi reimpressa em 2007.

O segundo título deste género tinha como personagem principal o Arqueiro Verde, na mini-série de três números em formato de luxo Green Arrow: The Longbow Hunters, começando em Agosto de 1987. Podia considerar-se uma escolha estranha para um título para 'Mature Readers', tendo em conta que Oliver Queen era membro histórico da Liga da Justiça, mas o Arqueiro Verde sempre foi dos heróis menos aproveitados, passando anos nas páginas secundárias de várias antologias até se tornar parceiro do Lanterna Verde, a primeira vez que se preocuparam em dar-lhe destaque num título próprio. No entanto, Mike Grell resolveu tornar o Robin dos Bosques da DC ainda mais realista, e Oliver Queen mudou de uniforme, mudou de cidade (foi para Seattle) e mudou de métodos, passando a matar. A história foi reimpressa várias vezes, mas nunca houve uma tentativa de integrar Oliver Queen na Vertigo.

Nesta fase, a DC publicou uma série de mini-séries de ficção científica, com níveis diferentes de sucesso. Outubro de 1987 viu o lançamento de Outcasts, que lidou com um grupo de mutantes revolucionários contra um regime corporativista. A mini-série de 12 números foi escrita por Alan Grant e John Wagner e desenhada por Cam Kennedy, e era uma versão mais leve do material que estes autores faziam na 2000 AD britânica. No mês seguinte, chegou às bancas Slash Maraud, que lidava com uma invasão alienígena mas à qual Doug Moench e Paul Gulacy deram uma qualidade visual semelhante ao filme Escape from New York durante os seus seis números. Finalmente, em Dezembro foi lançado Sonic Disruptors, lidando com uma estação de rádio que estabeleceu uma resistência contra uma ditadura teocrática nos Estados Unidos. No entanto, Mike Baron e Barry Crain produziram uma história confusa que foi cancelada ao sétimo número, quando estava previsto chegar ao 12º.

Merece destaque ainda a mini-série Underworld, um policial em quatro números lançado em Dezembro de 1987 e feito por Robert Loren Fleming e Ernie Colon, que apesar da temática realista, com acção passada em Nova York, tinha o selo do Comics Code. Cary Bates e Gene Colan criaram uma mini-série de 12 números de terror fantástico, chamada Silverblade, começando em Setembro, passada no estúdio de gravação de um filme, uma história que tem alguns fãs entre os escritores, pois chegou a ser mencionada algumas décadas depois numas histórias do Átomo. O título Wasteland, lançado em Dezembro, seria interessante para a Vertigo, já que era uma antologia de humor negro com um design parecido ao que seria adoptado pelo novo selo anos depois. Durou 18 números, sempre escritos por John Ostrander e pelo humorista e actor Del Close, da equipa de Saturday Night Live, com um pequeno número de personagens recorrentes.

Vale a pena mencionar ainda os one-shots Zatanna, ainda que com um visual tradicional, Ironwolf, reimprimindo as três histórias de ficção científica dos anos 70 criadas por Howard Chaykin, e Talos of the Wildnerness Sea, onde Gil Kane reaproveitou temas explorados na conceituada história Blackmark, mas com menos sucesso.

Recorde as partes anteriores desta série:

      

     



Lançamento Polvo: Cumbe

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As Edições Polvo trazem-nos desta vez um tema incómodo por intermédio de Marcelo D’Salete: a escravatura no Brasil.
Pelo que li é um tema pouco aflorado e inconveniente.

O autor vem a Portugal mais uma vez como podem verificar pela informação da editora:


CUMBE
MARCELO D’SALETE

O LIVRO
CUMBE, a palavra banto que dá nome a esta obra, é rica em significados: é o Sol, o dia, a luz, o fogo e a maneira de compreender a vida e o mundo. É, também, sinónimo de quilombo, a palavra que no Brasil quer dizer “esconderijo no mato onde se refugiavam os escravos”. São precisamente os escravos negros os protagonistas destas histórias – algumas delas inicialmente inspiradas em documentos históricos – nas suas lutas de resistência contra a opressão esclavagista no Brasil do séc. XVII, contra o sistema de trabalho forçado, demonstrando as tensões intrínsecas de uma sociedade amplamente pautada pela violência.
Cumbe foi considerada uma das melhores Bandas Desenhadas editadas
em 2014 no Brasil.

O AUTOR
MARCELO D’SALETE é autor de banda desenhada, ilustrador e professor. Estudou design gráfico no Colégio Carlos de Campos, é graduado em artes plásticas e mestre em história da arte pela Universidade de S. Paulo. Tem publicados os livros de bd Noite Luz (2008), Encruzilhada (2011) e Risco (2014). Participou nas revistas Front, Graffiti, Ragu, Stripburger (Eslovénia), Suda Mery k! (Argentina) e em exposições colectivas no Brasil (FIQ, Rio Comicon), Portugal (AmadoraBD) e Angola (Luanda Cartoon).




























Marcelo D’Salete, autor brasileiro de Banda Desenhada, estará em Lisboa a 15 de Maio para participar numa sessão dedicada a esta área no encontro "Outras Literaturas", integrado no programa "Próximo Futuro" deste ano, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian. A moderação estará a cargo de Pedro Moura, das 15 às 18 H, no Auditório 3.

Nesta ocasião, a Polvo anuncia a edição de “Cumbe”, um notável e elogiado trabalho de D'Salete sobre o período esclavagista no Brasil do séc. XVII.

Edição Polvo
AUTOR Marcelo D’Salete
DATA Maio 2015
Formato 165 x 230 mm
Páginas 168
ISBN 978-989-8513-41-0
PVP (IVA incluído) 14,90 euros




























O livro tem distribuição comercial prevista para Junho/Julho de 2015.

Boas leituras

Lançamento Goody: Disney em Maio

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O Leituras de BD apresenta a lista de publicações Disney para este mês, com um certo atraso, e devido a isso as minhas desculpas.

Segue então a informação da editora e muitas imagens:

Chegou a BD Disney de maio!!!

Naquele que se espera ser o primeiro mês de uma longa jornada de calor e bom tempo, a BD Disney não podia estar mais sintonizada com essa expetativa!

A temperatura vai definitivamente subir com a quantidade e qualidade de banda desenhada que temos para ti!

COMIX
3, 2, 1… Digam “cheese” com o Mickey! O teu rato preferido adere à moda das selfies e das redes sociais na Comix #127!!! Ou será que não é bem assim??? Na verdade, na primeira história desta edição, vais poder constatar que alguém se anda a fazer passar por Mickey, escrevendo “squitts” por ele. E o problema é que esses ditos “squitts” acabam por tramá-lo! O melhor é descobrires tudo em Mickey e o desafio ao último Squitt!
Mas como nem todos os heróis são modernos e nem todos são ratos, temos para vós mais um episódio fantástico de Fantomius! O ladrão cavalheiro leva-te em mais uma aventura repleta de emoção e adrenalina! Não percas Os fabulosos feitos de Fantomius, ladrão cavalheiro – A oitava maravilha do mundo.

Na Comix #128, o Donald dá por aberta a estação da primavera! Tem é que ter um pouco de mais cuidado com a Mãe Natureza, sob pena de poder sofrer as devidas consequências, tal como podes observar na capa… É ele também que terá direito a lugar de destaque na primeira história desta edição! Parece que ele conseguiu um ótimo negócio para o Tio Patinhas, ao descobrir uns tomates muito raros e milagrosos! Será que isto vai acabar bem?! Isso tens que descobrir em Donald & os tomates do lago!

A seguir, nesta edição, até onde ias pelo teu agente preferido? Esperemos que estejas disposto a ir longe, porque nesta história, o Doubleduck vai até ao fim do mundo!!! Vais fazer-lhe companhia? Então avança para Doubleduck – No fim do mundo!




Até que chegamos à edição #129 da Comix! E esta terás que agarrá-la rapidamente, porque vai ser mesmo muito boa! Não faças é como o Irmão Metralha, se não queres levar com o martelo justiceiro do Tio Patinhas! Invenção do Prof. Pardal? Possivelmente… O que é certo é que o Tio Patinhas não deixa passar um negócio vantajoso sem lhe deitar mão e isso implica, é claro, fazer-se à aventura! Será que ele terá sorte na procura de um certo tesouro bem escondido? Essa resposta só a poderás obter se leres Tio Patinhas e o tesouro do Capitão River!

Daí partimos para mundos alternativos! Se és fã de séries e filmes espaciais, certamente gostarás de ler mais um episódio que coloca o Mickey e os seus amigos num universo paralelo, onde eles viajarão pelo espaço! Mickey e as crónicas da fronteira – Os novos mundos é mesmo de outro mundo!

Por fim, a Comix #130… Mãos ao alto se queres fazer parte desta brincadeira! É que o Mickey vai mesmo lidar com brinquedos um tanto ou quanto… Perigosos! Para perceberes melhor quem está por detrás disto tudo, terás que ler Mickey e o teatrinho de Bambolier! E já pensaste quem será o herdeiro digno do Tio Patinhas? Pois bem, o Tio Patinhas parece ter finalmente tomado essa decisão e nomeia… O Donald??? Algo de estranho se passa… Vais entender tudo quando leres a fantástica história Tio Patinhas e o herdeiro digno!

Não percas nem uma Comix em maio!!!

HIPER #30
Tu vais querer devorar esta edição num instante (nem que precises de uma ajudinha do Gansolino…)! É que esta edição tem tanto de gigantesca como de deliciosa, com histórias que têm todos os ingredientes para a tornar irresistível! Começamos logo com Jungletown, uma história inovadora e fresca, com novos personagens e um enredo mais arrojado.

A seguir temos uma história dedicada aos piratas mais intrépidos, ahrrr! Tu vais querer entrar a bordo nesta aventura que te leva até ao alto mar! As histórias da baía – Carvoeiro S.P.A. (serviço postal aéreo) tem tudo para se tornar um clássico para os marujos mais destemidos!

A seguir à água… Firestorm! É esta a palavra-chave de mais um episódio misterioso do perigoso mundo de Anderville, onde o Mickey é o rei da investigação! Que coragem tem este rato!

E para terminar… Xadhoom! Eis que surge um inesperado aliado (ou aliada?) na luta do Superpato contra os patifes dos Evronianos, nas novas aventuras do Superpato! Como vês, não falta nenhum ingrediente para que esta se torne a Hiper mais lendária de sempre!

Hiper #30 é BD ao quadrado!

MINNIE & AMIGOS #12
A Minnie alinha no espírito primaveril e floral e mostra-te como deves tratar a BD: como se tratam as flores, ou seja com muito cuidado e amor! É que estas vão ser as histórias aos quadradinhos mais lindas de sempre! A primeira história parece unir dois conceitos pouco conciliáveis, mas tu vais ver que tudo se fundirá com harmonia: Damas vitorianas, Minnie e as tecnologias avançadas vai surpreender-te!

Quem está de regresso é a Regina! A rainha do mar e de um planeta distante regressa para… Casar com o Donald??? Será que é mesmo assim? Bem… Terás que ler Donald e o matrimónio de Regina para saberes…

Mas nem só de clássicos se faz uma edição! Há que inovar! Por isso mesmo, temos uma história que é uma lufada de ar fresco no panorama da BD Disney: As patas mudam de ares! A Margarida e companhia passeiam-se pela cidade e descobrem que a novidade pode ser uma coisa boa, mas que as saudades dos bons velhos hábitos às vezes apertam…

Por falar em bons velhos tempos… Não podíamos deixar de convidar estes 7 amigos para uma edição inesquecível! É verdade, estamos a falar dos 7 anões da Branca de Neve! E desta feita, terão que defrontar 7 versões mazinhas de si mesmos… Não percas Os 7 anões maus contra os 7 anões bons!



Minnie & Amigos tem perfume de banda desenhada!

ESPECIAL FANTASIA
Os últimos feitiços estão a ser ultimados! Novidades em breve.

E AINDA…
Carros #60 nas bancas!!! Esta edição marca o início de uma nova era para a revista com o complemento da edição nº1 da revista Aviões! Tudo numa só revista espetacular! Podes contar com banda desenhada espetacular, seja por terra… Ou pelo ar! Isto entre muitos jogos e atividades! Não percas também a oferta do avião Dusty e de um carrinho!

INFO

CARROS #60
36 páginas
JÁ NAS BANCAS
€4,90

COMIX #127
130 páginas
JÁ NAS BANCAS
€1,90

MINNIE & AMIGOS #12
320 páginas
JÁ NAS BANCAS
€3,90

COMIX #128
130 páginas
JÁ NAS BANCAS
€1,90

COMIX #129
130 páginas
20/05/2015
€1,90

HIPER #30
320 páginas
22/05/2015
€3,90

COMIX #130
130 páginas
27/05/2015
€1,90

ESPECIAL FANTASIA
320 páginas
29/05/2015
€3,90





Boas leituras

Lançamento Devir: The Walking Dead Vol.12

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A Devir vai lançar mais um livro da famosa série Walking Dead. Um campeão de vendas sem dúvida.
Este livro irá ser distribuido no dia 15 de Maio de 2015.
Fiquem com a informação da editora e algumas imagens:







THE WALKING DEAD
VOL. 12: VIVER ENTRE ELES

O grupo de Rick trava conhecimento com Aaron, que os apresenta a uma comunidade de sobreviventes, presidida por um homem chamado Douglas Monroe. A receção ao grupo é uma agradável surpresa, por contraste ao modo de vida que têm levado até agora.
Mas Rick suspeita que nem tudo é como aparenta ser.

136 páginas a preto
FORMATO: 168x258 mm
ISBN: 978-989-559-256-2
EAN: 9789895592562
PREÇO: €14,99 PVR
Edições Devir





























Boas leituras

Ilustração: Elektra por Bill Sienkiewicz II

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Este já é o segundo post que faço na rubrica Ilustração com este tema: Elektra por Bill Sienkiewicz. Daí o título do post ter um "dois romano", e já agora gostaria que vissem o primeiro post que fiz. São ilustrações magníficas! É só clicar no link aqui em baixo :)

Ilustração: Elektra por Bill Sienkiewicz


Porquê esta fixação? Bem, a assassina de vermelho sempre me fascinou. Bela e letal, não se lhe pode chamar heroína nem "bandida", Elektra é Elektra!
Penso que Bill Sienkiewicz conseguiu captar a essência desta personagem, não digo na sua totalidade porque a personagem é aquilo que o autor quiser que ela seja, mas da maneira que eu gosto. Acho o traço deste norte-americano fascinante, e Elektra casa muito melhor com este artista do que com qualquer outro.


A sensação que me dá é a de uma Elektra freneticamente fragmentada, mas em que ao mesmo tempo tudo compõe para um grande resultado final na sua representão gráfica.
Sienkiewicz é o único autor experimental, impressionista psicadélico, surrealista do demónio que eu gosto. E a minha ninja assassina preferida desenhada por ele fica sempre o máximo!
(Na minha pouco importante opinião, claro...)
:D


Então observem e absorvam!

( E leiam o livro Elektra: Assassin)
















































































E agora observem Bill Sienkiewicz a desenhar a Elektra:
:)






Boas leituras

Bizarrices: Codpiece

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Codpiece, o vilão do canhão sexual!

Áh... bendita DC Comics (através da Vertigo) que nos trouxe estas pérolas! Codpiece, o vilão cuja arma está incorporada nos seus genitais!
Este vilão de adereços sexuais explosivos foi inimigo da Doom Patrol criado por Rachel Pollack, uma autora transsexual. Porque é refiro o facto? Bom, tem tudo a ver como irão reparar no final.
O desenhador envolvido neste processo foi Scot Eaton...
Codpiece apareceu pela primeira vez (e penso que última) na revista Doom Patrol #70 de 1993.

Já agora, codpiece era algo que se usava nos sec. XV e XVI na zona da braguilha das calças para aumentar artificialmente o volume "da coisa". Ora o nosso vilão era gozado na escola por ser pequeno, e depois em adulto uma prostituta voltou a falar da sua "pequenez"! O homem andava mesmo com problemas sexuais. Daí até construir um verdadeiro canhão tipo canivete suiço na zona onde morava o seu "pequeno hamster" foi um pequeno passo. :D

Assim Codpiece ficou armado na sua genitália com um poderoso canhão, luvas boxe duplas disparadas por mola (aka the Tickler ou Rabbit), emissor de ultra-sons, mísseis, uma potente broca (lol) e para terminar em beleza, uma tesoura gigante... (ahah)

Bom, tudo isto porque a argumentista Rachel Pollack nos queria apresentar as origens da primeira super-heroína transsexual da história dos comics: Coagula.
Sim, no final é ela que ainda sem uniforme e apenas com uma máscara de sapo, que elimina a ameaça do Codpiece! Poderes de Coagula: dissolver sólidos e coagular liquidos.
Como os conseguiu? Sendo uma prostituta e tendo relações com o membro transsexual da Doom Patrol... sim, isto é complicado! :D

Eram os anos 90!

























































Boas leituras

Ilustração: Parliament of Trees por Stan Woch

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Este belíssimo painel pertence ao arco Parliament of Trees da saga Swamp Thing, ainda no tempo de Alan Moore. Saiu no Swamp Thing #47 (1986), foi desenhada por Stan Woch com "arte-final" de Ron Randall e colorida por Tatjana Wood.


Este arco conta a história do primeiro encontro do Swamp Thing com o Parlamento das Árvores, no Brasil.
O Monstro do Pântano tranfere a sua mente para as florestas da Amazónia, e aí ajudado é por John Constantine.


A sua capacidade de fazer crescer um novo corpo num local distante aumentou significativamente....  é guiado por Constantine pela selva, ao mesmo tempo que este lhe conta tudo o que sabe sobre os Elementals do mundo vegetal, assim como lhe conta que ele próprio Swamp Thing é um Elemental.


Constantine deixa o Monstro do Pântano caminhar sozinho em direcção ao Parlamento da Árvores, e aqui o Monstro do Pântano descobre muito sobre a sua verdadeira natureza...




Boas leituras






Lone Wolf and Cub: Parte III - Conclusão

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Esta é a terceira e última parte de um artigo acerca da obra Lone Wolf and Cub. As duas primeiras partes podem-nas ler aqui:
 
Lone Wolf and Cub: Parte I - Introdução

Lone Wolf and Cub: Parte II - Obra

 
Poder-lhe-ia chamar a esta parte, a parte final: Lone Wolf and Cub - Influência; em vez de, simplesmente, conclusão. Sim, Lone Wolf and Cub teve uma forte influência na arte de diversos artistas que lhe seguiram (como já, sumariamente, me referi) mas não só. Foi levado para os ecrãs: tanto para os grandes (cinema) como para os pequenos (televisão). E tem sido alvo de sequelas, reestruturações dramáticas, em formato manga, mais ou menos inspiradas na história original.

Acho que todos temos um pouco dessa necessidade de preservar a memória que temos das nossas histórias favoritas, custa-nos admitir «É perfeito, não admite sequela, é impossível fazer melhor!». Rapidamente nos habituamos à ideia, ou seja, seja melhor ou pior, o que se pede é que respeite o original e, faltar ao respeito ao original «É que não!»... bem, em abono da verdade, é difícil que o "desrespeite", o original «É intocável.». Quero com isto dizer, a arte, as ideias, são de todos (para usufruto e manipulação), são do mundo. Não o fossem, não teriam o impacto que têm. Fazer delas algo de novo, compete-nos: criadores; artistas; leitores.

Farei um breve retrato da série original adaptada para o cinema, baseada directamente na obra Lone Wolf and Cub: a série Baby Cart. Falarei um pouco sobre a sequela, New Lone Wolf and Cub, pelo cunho do argumentista Kazuo Koike, assim como de uma readaptação para o género ficção científica: Lone Wolf 2100.


No cinema (série Baby Cart)
 
Os filmes são fiéis ao original. A adaptação, à conta dos constrangimentos temporais naturais do formato, usa-se de vários capítulos, várias cenas de Lone Wolf and Cub que, reorganizadas de uma forma inteligente, conseguem emprestar um fio condutor que nos "agarra"à tela. Talvez porque os autores, Koike e Kojima, estiveram muito envolvidos na sua montagem, talvez.

A série de filmes a que me refiro é a seguinte: Sword of Vengeance, 1972; Baby Cart at the River Styx, 1972; Baby Cart to Hades, 1972; Baby Cart in Peril, 1972; Baby Cart in the Land of Demons, 1973; White Heaven in Hell, 1974. Quero dizer, os filmes são rodados na década de setenta, por altura da criação da própria manga, pelo que: não contem com efeitos "muito" especiais.























  



Aliás, as cenas de gore fazem lembrar as cenas gore de filmes posteriores, como Kill Bill de Tarantino, por exemplo, são cenas ridículas, na verdadeira acepção da palavra, mas de um género de ridículo que lhe dá "piada", porque tudo o resto: é muito sério. Ou seja, das cabeças e dos membros decepados jorram litros de sangue em repuxo, de um tom vermelhão que mais nos faz crer que se trata de tinta, e não de sangue.
 
Depois, há todo um género de sensibilidade que ainda consigo admirar em cinema, que é uma forma de filmar, de fotografar, que não se reduz ao cliché, que ainda me consegue surpreender. Uma cena que me captou a atenção, por exemplo, é a de que num desses massacres protagonizados por Ogami Ittō a câmara encontra-se por debaixo de um móvel e só nos damos conta do movimento dos pés dos personagens «Esses pés dançam! Uma espécie de sapateado.». E, à medida que os pés vão saindo e entrando em cena, conseguimos imaginar a cena de violência, os corpos a caírem, sem que, para tal, o espectador recorra a mais algo que não seja a sua própria imaginação.

Quero, no entanto, deixar claro que, na minha opinião, os filmes não fazem totalmente jus à qualidade da obra no seu formato original, a manga. Alguns dos seus aspectos importantes, aos quais me referi na segunda parte deste artigo, ficam aquém do que poderiam eventualmente ser explorados: principalmente a sua componente mais espiritual. De qualquer das formas, são objectos da sétima arte inegavelmente curiosos.


New Lone Wolf and Cub 
 
Shin Lone Wolf and Cub, ou New Lone Wolf and Cub, é a sequela principal. Chegada até nós pelas mãos de Kazuo Koike (argumento) e Hideki Mori (desenho), a história continua exactamente no ponto em que a história original acaba. Aqui, no blogue leituras de BD, podem ler o anúncio do seu lançamento pela Dark Horse em:
  
Nova série Lone Wolf and the Cub para 2014 na Dark Horse 




Eu, infelizmente, à data de hoje apenas consegui ler o primeiro volume «Claro está! Fiquei com vontade de ler o resto.». A seu favor está o facto de o argumentista ser o mesmo, Kazuo Koike, e o desenhador, Hideki Mori, ser um confesso entusiasta do trabalho de Goseki Kojima (razão que o terá eventualmente levado ao desenho).


Aliás, o trabalho de Hideki Mori em New Lone Wolf and Cub reflecte isso mesmo, é um trabalho muito próximo à arte de Goseki Kojima. Embora, na minha opinião, haja algo na arte deste último (algo que não vos consigo definir completamente) que me leva a não gostar tanto do desenho das expressões, da transmissão de sentimentos e emoções, por parte das personagens.


A história, é simples e concisa, mas é-me difícil de a avaliar sem ter tido acesso à obra completa. Confesso que, para já «esperava algo mais inovador da parte de Kazuo Koike». A história dá uma reviravolta, as personagens mudam mas o enredo mantém-se idêntico, Ogami Daigorō e um novo personagem, o samurai Tōgō Shigekata, trilham os caminhos da Japão feudal com a ajuda do, já mítico, carrinho de bebé.


Lone Wolf 2100
 
Não entrarei em grandes detalhes, fica aqui a curiosidade. Lone Wolf 2100 é uma versão reinventada, do imaginário Lone Wolf and Cub, transposta para um cenário pós apocalíptico (ficção científica). Trazida até nós por Mike Kennedy (argumento) e Francisco Ruiz Velasco (desenho): Daisy Ogami é filha de um cientista de renome, Itto é o guarda costas de seu pai (um robô de guerra); ambos tentam escapar aos planos da corporação Cygnat Owari.

A obra é de 2002, dois anos antes da sequela New Lone Wolf and Cub, uma altura em que Kazuo Koike "voltava do fundo de um local bem escuro", ainda recuperava do luto pela morte de Goseki Kojima. No entanto, ao que parece, terá tido um envolvimento indirecto na mesma. Aqui vos deixo, a capa.


 
Boas Leituras

(Fim)

Vertigo: Pré-Vertigo Parte 3A história que antecede o selo: 1988

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Regressamos aos anos que marcaram o surgimento de novos formatos e novas maneiras de contar histórias na DC Comics, a caminho da Vertigo. O número de revistas para leitores mais experientes cresceu exponencialmente, pelo que agora cada ano será tratado separadamente.

Em 1988, a DC já editava regularmente uma pequena quantidade de títulos dedicados a histórias com temáticas mais adultas e mais intimistas, cada vez mais afastadas das tradicionais histórias de super-heróis e de aventura. A lista de revistas mensais incluía Swamp Thing, The Shadow, The Question e a antologia Wasteland. Também já tinha começado um novo volume de Doom Patrol, mas a revista ainda contava com o selo da Comics Code Authority e a Patrulha do Destino agia como uma vulgar equipa de super-heróis. O título de espionagem Suicide Squad também já tinha começado (e teria um spin-off, Checkmate!, durante 1988), mas as histórias passavam-se firmemente no Universo DC, com histórias cruzadas com a Liga da Justiça. O mesmo se passava com o título do detective sobrenatural Espectro, The Spectre, do qual faziam parte do elenco Madame Xanadu e alguns antagonistas da série I… Vampire.

Esse número aumentou em Janeiro com a chegada de Hellblazer, estrelando uma personagem secundária das histórias do Monstro do Pântano, o amoral feiticeiro britânico John Constantine, ex-punk rocker, anti-social e fumador compulsivo. Criado por Alan Moore, Constantine tinha surgido nas histórias do Monstro do Pântano, mas o escritor não trabalhou com ele no novo título. Hellblazer ficou conhecido por lidar com vários temas sociais, com as características de terror das histórias mais subtis, além de ficar completamente afastado do Universo DC. Jamie Delano foi o primeiro escritor, antes de passar as rédeas para Garth Ennis, no que foi o primeiro trabalho americano de ambos. Já dentro da Vertigo, Paul Jenkins e Warren Ellis também escreveram histórias.

Hellblazer foi o último título sobrevivente da linha original da Vertigo, continuando a ser publicado até 2013, encerrando com o número 300, a partir do qual John Constantine regressou finalmente ao universo DC. Apesar da personalidade mais britânica do livro, o americano Brian Azzarello também escreveu o título, antes de passar para a pasta para uma nova série de autores britânicos (Denise Mina, Andy Diggle e finalmente Peter Milligan).

Em Fevereiro chegou a série mensal Green Arrow. Prosseguindo a partir dos eventos da mini-série, a primeira série mensal do Arqueiro Verde transformou Oliver Queen num vigilante urbano, lidando contra o crime organizado e políticos corruptos na cidade de Seattle. Dinah Lance e a ninja Shado passaram a fazer parte do elenco, mas quase sem mencionar super-poderes (paralelamente, Dinah continuava a operar como Canário Negro nas histórias da Liga da Justiça), e o contacto com o resto do Universo DC foi praticamente cortado. A revista continuou a fazer parte da linha para leitores maduros até ao número 62, quando Queen voltou a comportar-se mais como um super-herói, mas o escritor Mike Grell continuou no título até à edição 80, precisamente um mês antes da Vertigo começar.

Fevereiro foi também o mês de lançamento da mini-série em formato de luxo Blackhawk. O herói aviador da Segunda Guerra Mundial, adquirido pela DC à Quality Comics após a falência desta em 1957, viu a sua origem completamente revista, com Howard Chaykin a emprestar mais realismo ao título durante as três edições, com mais detalhes sobre os aviões, mais motivações políticas por trás das acções do herói principal (transformado num polaco naturalizado americano) e maior cuidado com as personalidades dos outros membros do esquadrão aéreo, especialmente Lady Blackhawk e o chinês Chop-Chop (anteriormente uma caricatura racista).

Alan Moore regressou às bancas em Junho com a edição especial Batman: The Killing Joke. Embora Batman nunca tenha sido considerado material Vertigo, o surgimento de novos formatos de publicação nos anos 80 ajudou à publicação de material mais adulto, e a natureza noctívaga do vigilante tornou-o apelativo para histórias com mais consequências. The Killing Joke, desenhada por Brian Bolland, é um exemplo disso, dada a fama da história onde o Joker é elevado ao nível de um verdadeiro psicopata, paralisando Barbara Gordon com um tiro na coluna e torturando o comissário Gordon. Mais edições especiais e mini-séries se seguiram onde o crime e o terror eram ingredientes normais.

Poucos meses depois, em Setembro, foi a vez de V for Vendetta, em parceria com David Lloyd. A série tinha começado na antologia britânica Warrior em 1982, mas foi interrompida com o fecho desta. A DC adquiriu o título e Moore e Lloyd recombinaram o material existente, levando depois a história até à sua conclusão natural em dez números. V for Vendettaé, tal como Watchmen, uma das obras-primas da DC, explorando um futuro (ou presente) alternativo onde conflito nuclear tinha devastado o planeta e apenas uma Inglaterra fascista sobrevivia, para ver depois a sociedade ser destruída, tanto formal como filosoficamente, por uma figura mascarada de inspiração anarquista. Ao contrário de Watchmen, futuras reimpressões de V for Vendetta passaram a ter o selo da Vertigo na capa. A sua transformação em filme tornou-a bastante mais relevante como um ícone cultural nos últimos anos, ainda que Moore tenha ficado muito pouco satisfeito com as características mais populistas da adaptação.

Setembro foi também o mês do lançamento da revista Animal Man. Outrora um super-herói obscuro de segunda linha, Grant Morrison, acompanhado por Chas Truog, transformou o Homem-Animal numa figura mais humana, ao mesmo tempo que explorou temas psicadélicos, ecologia, a natureza dos superpoderes e até metanarrativa, tentando derrubar a fronteira entre os criadores, as suas personagens e os leitores, um tema que viria a explorar várias vezes no futuro. Morrison escreveu o título durante 26 números, antes de entregar a revista a Peter Milligan e depois a Jamie Delano, que introduziram temas de shamanismo e magia totémica na série. A revista fez parte do lançamento inicial da Vertigo, mas já tinha passado a ser recomendada para leitores adultos alguns anos antes. Apesar de ter sido publicada muito antes da sua integração na Vertigo, a passagem de Morrison por Animal Mané considerada a mais importante do título.

Várias mini-séries mais viradas para adultos foram publicadas durante 1988. A mais conhecida é talvez Cinder and Ashe, uma mini-série em quatro edições que começou em Maio. Criada por Gerry Conway e José Luis García-López, é uma história hard boiled the detectives, um estilo e um tema que Conway viria a explorar mais nos anos seguintes, quando saiu da indústria de BD para a televisão. Cinder and Ashe foi reimpresso recentemente, depois de décadas fora da vista dos leitores, mas não na Vertigo, pois apesar de ter temática apropriada, o visual é demasiado tradicional. Tailgunner Jo, de Peter B. Gillis e Tomosina Artis, começou em Setembro e durou seis números, uma história de ficção científica de guerra passada no futuro, onde um desastre natural alterou completamente a geografia do planeta. Ficou na lista dos 'desaparecidos em combate' como tantas outras. O mesmo não se pode dizer de Unknown Soldier, mini-série em 12 números lançada em Dezembro. Escrita por Jim Owsley e desenhada por Phil Gascoine, foi a primeira história pós-crise do Soldado Desconhecido, transformado num agente especial bem mais cínico e menos patriota do que o modo como era representado nas antologias de guerra. Embora não tenha sido reimpressa, serviu como elo de ligação para o uso do personagem por Garth Ennis já na Vertigo, em 1997, de um modo igualmente cínico e sombrio.

Com histórias mais adultas que as tramas normais do Universo DC, a revista mensal Haywire (lançada em Outubro), que durou 13 números, e as mini-séries The Weird, de Jim Starlin e Bernie Wrightson (Abril), Deadshot (Novembro) e Peacemaker (Janeiro), todas de quatro números, encaixavam perfeitamente no espírito da Vertigo, mas estavam presas na cronologia. Deadshot, com o vilão tornado anti-herói Floyd Lawton (mais conhecido como Pistoleiro), era, aliás, um spin off do Esquadrão Suicida, enquanto Peacemaker (em português, o Pacificador), tentava ter o mesmo sucesso na DC de que gozavam outros personagens comprados à editora Charlton, nomeadamente o Besouro Azul e o Capitão Átomo, que à época integravam a Liga da Justiça.

Depois do sucesso da mini-série, Clark Savage Jr. seguiu o mesmo caminho do seu correligionário da Street & Smith, o Sombra, e ganhou uma série mensal. Começando em Novembro, Doc Savage, escrita por Denny O'Neil e utilizando capas pintadas evocativas das revistas pulp, trouxe o herói dos anos 30 e 40 para o presente, lutando contra novas ameaças ao lado do seu neto, também chamado Clark. Apesar do ambiente moderno, era mais fiel ao espírito original do 'Homem de Bronze' que as surreais histórias do Sombra. Durou 24 números e um anual. Outro herói adaptado foi publicado pela DC a partir de Outubro de 1988, o Prisioneiro. Sequela da série de televisão da ITV dos anos 60, The Prisoner: Shattered Visage foi uma mini-série em quatro edições em formato prestige. Escrita e desenhada por Dean Motter, passava-se 20 anos depois, na aldeia onde o Prisioneiro Número 6 ainda estava vivo. Tinha um visual bem mais parecido ao que viria a tornar-se a Vertigo e foi reimpressa em 1990, mas nunca chegou a integrar o selo.


Houve também espaço em Dezembro para duas novas séries, Dragonlancee Advanced Dungeons and Dragons, inspiradas nos respectivos RPG produzidos pela TSR, no mesmo formato das histórias mais adultas, mas a série de fantasia apelava a um público mais especializado. Nos anos seguintes, a linha TSR foi expandida com mais títulos, Gammarauders, Forgotten Realms, Spelljammer, Avatar a antologia TSR Worlds. A TSR Comics foi cancelada em Novembro de 1991.






Capas: Detective Comics #857

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Fabulosa capa de J.H. Williams III com a Batwoman em destaque.
Capa do tempo em que esta personagem me fascinava, ou seja, com a mão de J.H. Williams III, e aqui na 4ª parte (e última) de Elegy!

Depois a DC Comics borrou tudo ao ir contra os autores que colocaram esta personagem em cima. Agora, e infelizmente, é só ir para baixo... -_-

Saudades da Batwoman, que deixei de comprar no vol4.


Boas leituras

Saga Vol.1 & Vol.2

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É um prazer enorme descobrir que ainda há espaço para a imaginação.
Espaço para a aventura mergulhada no fantástico da ficção cósmica, em formato BD bem escrito!

Os leitores portugueses saíram de uma crise de confiança relativamente às editoras com todas as colecções que têm saído por parte da Levoir (sobretudo esta) e ASA para as bancas. A G.Floy decidiu seguir o caminho das bancas também (e em livros de capa dura) para uma distribuição mais alargada dos seus produtos. Embora não sejam colecções semanais, não fazia sentido neste caso, esta editora está apresentar séries de grande qualidade. Saga é uma delas e a G.Floy não está a falhar com o planeamento prometido. O 3º volume está já previsto para Outubro deste ano!

Brian K. Vaughan já é bem conhecido neste blogue com Y: The Last Man e Fábula de Bagdade. Um excelente contador de histórias, fora dos comics de super-heróis, que apresenta aqui um universo forte, bem estabelecido, divertido e com motivos quanto baste para que qualquer leitor fique agarrado pela história. Personagens femininas bem fortes e presentes fizeram com que o público feminino aderisse em massa a esta Saga.

A desenhadora Fiona Staples conhecida anteriormente por  DV8: Gods and Monsters e Mistery Society acabou por ser apresentada a Vaughan pelo amigo comum Steve Niles.
A sua arte limpa, imaginativa e muito expressiva cativou imediatamente Vaughan e a partir daí nasceu SAGA.
De notar que ela também é "dona" de Saga, em conjunto com Vaughan. Ela faz as capas, desenho, imaginou, desenhou todas as raças aliens e naves espaciais. Como curiosidade, toda a legendagem com caligrafia manual foi feita com o seu próprio punho.

Houve um livro que marcou o meu imaginário quando eu era adolescente: Star Wars. Li o livro antes de ver o filme e fiquei a sonhar com todos aqueles mundos tão diferentes. Saga fez-me sentir o mesmo!

Saga é insana. A imaginação vai longe nas páginas destes livros! Uma árvore nave espacial? Um príncipe Robô cuja cabeça é um monitor? Fantasmas com entranhas a cair? Magia?? Cavalos alados? A mulher aranha mais sexy do universo? Sim... é louco!

Mas ao mesmo tempo bastante palpável. Duas pessoas de raças diferentes e inimigas amam-se, e tudo fazem para manter a sua filha híbrida a salvo. Duas raças em sua perseguição devido à "heresia", e claro, por causa de uma filha que poderia ameaçar o status quo de uma guerra que já ninguém se lembra como começou... Alana, Marko e Hazel tornaram-se alvos em toda a Galáxia, embora só procurem ser felizes e criar a sua filha em paz.

As motivações de todas as personagens, heróis e vilões, são perfeitamente claras. Aliás, os vilões... estas personagens em Saga estão muito bem tratadas, são completamente tridimensionais. Esta é uma das grandes armas desta série, o tratamento psicológico, físico e social das personagens está muito bem trabalhado, e bolas... Fiona Staples consegue desenhar uma raça humanóide em que a cabeça é um monitor sem parecer estranha... aliás, até uma cena de sexo foi feita com o Príncipe Robô e a sua "princesa"! Esta personagem está muito, mas muito bem tratada ao nível da sua construção.

Para além disto tudo, tem páginas lindíssimas, um gato que diz "MENTIRA" quando alguém foge à verdade e existe um bordel à escala planetária! :D

Brian K. Vaughan e Fiona Staples conseguiram construir um ambiente completamente alien, mas ao mesmo tempo completamente familiar para qualquer humano do planeta Terra. Os problemas das personagens são identificáveis na nossa sociedade, a série aborda temas complexos como sexualidade, guerra, racismo e marginalização. Tudo isto está embutido em Saga de uma maneira tão familiar e subtil que nem notamos aquando de uma 1ª leitura...

Afinal sempre se consegue inovar (e bem) com imaginação e sucesso. A riqueza das personagens então é garantidamente um dos pontos mais fortes de Saga e contribui muito para o seu sucesso! Esta dupla conseguiu dar um pontapé no marasmo deste tipo de publicações que se andavam a copiar umas às outras apresentando apenas nuances um pouco diferentes umas das outras.
Saga prima pela originalidade!

Não fiz um artigo sobre os primeiros números das várias séries da G.Floy porque queria ter a certeza que eram mesmo boas. E são! O Leituras de BD recomenda estas dois livros desta muito boa série ongoing.
Já agora... acho que não referi a editora norte-americana. A Image, claro!
:)

Hardcover
Criado por Brian K. Vaughan e Fiona Staples
Editado em 2014 (Vol.1) e 2015 (Vol.2) pela G.Floy




























Autores: Ted BenoîtXI Festival Internacional de BD de Beja

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Ted Benoît é um desenhador francês de 67 anos conhecido em Portugal por ter desenhado dois dos álbuns da série Blake & Mortimer pós E.P. Jacobs, aliás, o primeiro álbum desta segunda vida da série, O Caso Francis Blake, foi desenhado por ele.

Mas Ted Benoît não é apenas desenhador, é também argumentista, e foi nessa vertente que ganhou o seu primeiro prémio, logo com o seu primeiro livro: Hopital. Mas já vamos a essa parte...

Antes de Hopital, Ted Benoît esteve muito ligado ao cinema e à televisão, tirou o seu curso no L'Institut des Hautes Etudes Cinématographiques. Mas largou a televisão em 1971 para se juntar ao cartunista Nikita Mandryka no L'Echo des Savanes. Colaborou nos anos 70 com vários magazines, como a Metal Hurlant, Geranonymo, Libération eÀ suivre.

E é em 1979 que lança o seu primeiro álbum a solo, o atrás referido Hopital, e com esse mesmo livro ganha o prémio para melhor argumento no Festival de Angoulême desse mesmo ano de 1979!

Mas a técnica deste desenhador foi mudando, começando por ter um traço expressionista em Hopital, acabando por "cair" num estilo que ficou célebre na Europa, a já bastante referida "Linha Clara". Aliás, quem conhece o seu trabalho na série Blake & Mortimer pode admirar a sua mestria neste estilo iniciado por Hergé.
Para além dos dois livros desenhados para esta série (que lhe trouxeram notoriedade), criou Ray Banana com razoável sucesso.

  • 1979 : Hopital, Les Humanoïdes Associés
  • 1981 : Vers la ligne claire, Les Humanoïdes Associés
  • 1982 : Histoires Vraies, argumento de Yves Cheraqui, Les Humanoïdes Associés
  • 1982 : Berceuse Électrique, Ray Banana Vol.1, Casterman
  • 1986 : Cité Lumière, Ray Banana Vol.2, Casterman
  • 1987 : Bingo Bongo et son Combo Congolais, Les Humanoïdes Associés
  • 1989 : L'Homme de Nulle Part, Les Mémoires de Thelma Ritter Vol.1, desenho de Pierre Nedjar, Casterman
  • 1996 : L'Affaire Francis Blake, Blake et Mortimer Vol.13, argumento de Jean Van Hamme, Blake et Mortimer
  • 2001 : L'Étrange Rendez-vous, Blake et Mortimer Vol.15, argumento de Jean Van Hamme, Blake et Mortimer
  • 2004 : Playback, desenho de François Ayroles, com adaptação de Ted Benoit de um argumento de Raymond Chandler, Denoël
  • 2013 : Camera Obscura - Vers la ligne claire et retour, Champaka.
  • 2014 : La Philosophie dans la Piscine, Ray Banana Vol.3, La Boîte à Bulles.

No Festival de Angoulême de 1997 ganha mais um prémio: Alph'Art du public, com o seu livro L'Affaire Francis Blake.
Em Portugal está publicado nos seguintes livros:

  • Cidade luz (Ray Banana), ASA, 1990
  • O Homem de Nenhures - As memórias de Thelma Ritter, Nedjar (desenho), ASA, 1992
  • O Caso Francis Blake, Van Hamme (argumento), Meribérica, 1997; Público/ASA, 2008 (Blake & Mortimer Vol.13)
  • O Estranho Encontro, Van Hamme (argumento), Meribérica, 2001; Público/ASA, 2009 (Blake & Mortimer Vol.15)
























    Podem encontrar Ted Benoît no Festival Internacional de BD de Beja, onde falará para o público, e claro... dará autógrafos!

    O Leituras de BD apoia o Festival Internacional de BD de Beja

    Boas leituras, e comprem um livro no festival!
    :)

    Vertigo: Pré-Vertigo Parte 4: A história que antecede o selo: 1989

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    O ano de 1989 foi bastante fértil no que diz respeito às sementes da Vertigo. Com capa de Janeiro, foi lançada uma nova série que rapidamente se tornaria o ex libris da linha de revistas mais adultas da DC, e fixando o terror e fantasia gótica como géneros preferenciais dessa linha. Recrutando um jornalista completamente desconhecido chamado Neil Gaiman, a editora Karen Berger permitiu-lhe escrever duas personagens obscuras e, à altura, esquecidas.

    A primeira foi Black Orchid. A Orquídea Negra era um heroína com poderes, pouco conhecida, que tinha aparecido brevemente em antologias. Gaiman resolveu ligá-la a outros heróis com temas relacionados com vegetais, como o Monstro do Pântano, escrevendo a sua origem definitiva, mas a história era bem mais intimista graças à arte pintada de Dave McKean. Editada numa mini-série de três edições em formato prestige, a primeira edição ainda surgiu com a data de 1988, mas como a DC estava em processo de revisão das datas de publicação mostradas na capa, saiu ao mesmo tempo que as primeiras revistas com capa de 1989. A encadernação de Black Orchid já teve lugar na Vertigo, seguindo-se uma nova série mensal em 1993, mas já sem Gaiman.

    Praticamente ao mesmo tempo, Gaiman também lançou uma nova série mensal com o título Sandman. Embora ostensivamente inspirado tanto no personagem dos anos 40 (Wesley Dodds) criado por Gardner Fox como no super-herói do anos 70 (Garrett Sanford) de Joe Simon e Jack Kirby, o Sandman de Gaiman é a personificação do conceito de sonho. Durante os 75 números da série, acabou por se tornar uma das mais premiadas e prestigiadas séries de banda desenhada de sempre, com a escrita mais desenvolvida e mais inovadora nas editoras grandes. Apesar do uso de sombras, do ambiente gótico e de um personagem principal baseado visualmente no cantor Robert Smith, a história de Sandmannão era nada pessimista, antes pelo contrário, até porque as várias personagens (desde a personificação da Morte a Lucifer, um dos três senhores do Inferno), sejam principais ou secundárias, têm todas personalidades bem magnéticas. A Morte, Lucifer e os Dead Boy Detectives, personagens lançados nesta série, tiveram direito a séries no futuro, e Gaiman também soube repescar alguns conceitos anteriores, incluindo Caim e Abel (os apresentadores das revistas antológicas dos anos 70, House of Mystery e House of Secrets) e Matthew Cable, ex-marido de Abigail Holland (esposa do Monstro do Pântano), agora transformado num corvo.

    Em Fevereiro, foi a vez de Grant Morrison receber mais um título. A partir do número 19, o escritor escocês foi nomeado para a revista Doom Patrol, que também passou para a linha de material mais adulto, e deixou completamente de lado as histórias de super-heróis que eram comuns anteriormente. Em vez disso, Morrison pegou no lado mais estranho das histórias originais dos anos 60 (a Patrulha do Destino era composta por heróis com falhas óbvias, como o Robotman, a Mulher Elástica ou o líder deficiente físico, Niles Caulder), avançando numa direcção mais psicadélica, com novos membros ainda mais estranhos, e uma equipa de vilões, a Irmandade de Dada, que representava a inspiração cultural usada nestas histórias, onde o nonsense era normal e o invulgar tratado como lugar-comum. Morrison continuou no título até ao número 63, precisamente um mês antes da entrada na Vertigo, mas Rachel Pollack manteve o mesmo espírito até ao cancelamento da revista, no número 87.

    Em Março foi a vez de se iniciar a nova-série do herói aviador Blackhawk (Falcão Negro). No entanto, agora o título Blackhawk referia-se a uma equipa de aviadores, com as histórias a continuarem no seguimento da mini-série de Howard Chaykin e de um segmento regular na antologia Action Comics Weekly. Martin Pasko escreveu a maior parte das histórias, com Rick Burchett como artista regular. As histórias lidaram regularmente com o clima paranóico anti-comunista do pós-Segunda Guerra, espionagem e ciência proibida, mas sempre integrado num ritmo constante de acção e aventura, o que não afastou o título da etiqueta para adultos, mesmo com uma arte que por vezes se podia considerar mais apropriada para a caricatura humorística do que para a violência da série. Blackhawk teve direito a 16 números e um anual.

    Quem tinha etiqueta para adultos era a mini-série Skreemer, de Peter Milligan e Brett Ewins, com seis números publicados a partir de Maio. Com uma premissa original, Skreemer segue a ascensão ao poder do mafioso Veto Skreemer, num mundo pós-apocalíptico onde  há espaço para o horror, mas num ambiente de história de crime, já que o poder formal está concentrado nas mãos do crime organizado e o território é activamente disputado por gangues armadas. No entanto, o próprio Skreemer acaba a lutar para manter o seu degradante império. Skreemer foi integrado na Vertigo quando um encadernado foi finalmente publicado em 2002.

    Os heróis pulp da Street & Smith regressaram à DC em 1989, com a publicação de uma nova série do Sombra em Setembro. Depois do mal recebido ciborgue da era moderna, as histórias voltaram ao ambiente normal dos anos 30 no título The Shadow Strikes, com Gerard Jones a escrever a maior parte das histórias, tendo Eduardo Barreto e Rod Whigham sido os artistas regulares. A revista durou até 1992, com 31 números e um anual, replicando fielmente o ambiente das histórias originais do Sombra, mas com alguma influência da linha mais adulta da DC. Antes disso, em Julho, a DC lançou uma mini-série de dois números em formato prestige do título Justice Inc., por Andy Helfer e Kyle Baker, com o detective Richard Benson (que aparecia nas histórias pulps como The Avenger) a ver-se envolvido numa conspiração que envolve a CIA.

    No final do ano, a DC trouxe de volta ao activo Desafiador (Deadman). Apesar de visualmente interessante, graças à sua aparência criada por Carmine Infantino, a personagem, cujo verdadeiro nome é Boston Brand, sempre teve histórias formulaicas, em que a sua situação como um fantasma controlado pela deusa Rama Kushna o colocava no papel compulsivo de possuir o corpo de pessoas vivas com o intuito de resolver crimes. No entanto, em Deadman: Love after Death, uma mini-série de dois números em prestige format escrita por Mike Baron e desenhada por Kelley Jones, Brand finalmente dedica tempo a si próprio e às suas necessidades. Jones também modificou a aparência do Deadman para ficar mais parecido com um esqueleto. Esta história nunca foi reimpressa na Vertigo, mas colocou-o no limiar da linha adulta.

    Este ano também viu Jim Starlin regressar às sagas cósmicas, não na sua antiga casa, a Marvel, mas na rival DC. Starlin tinha ido para lá para matar Robin nas páginas do Batman, mas teve a oportunidade de criar um novo épico, Gilgamesh II. De início, a história parece lembrar a do Superhomem, com um alienígena enviado para a Terra vindo de um planeta destruído. Na verdade, o alienígena não parece tão humano como Kal-El e acaba por usar as suas capacidades físicas e intelectuais para chegar ao topo do regime corporativista que domina o planeta. É nessa fase que Gilgamesh Bonner, como foi baptizado, descobre que há outro igual a ele, Otto, e a partir daqui a história segue a estrutura do épico de Gilgamesh, com Otto a fazer o papel de Enkidu, excepto no final, que vê Gilgamesh sacrificar-se no submundo (um rasgo na realidade) em vez de salvar Otto. Gilgamesh II nunca foi reimpresso em inglês, das poucas obras de Starlin nessa condição.

    Mais uma vez, e também no fim do ano, Batman voltou a aproximar-se da linha adulta com a graphic novel Arkham Asylum, escrita por Grant Morrison e pintada por Dave McKean. O estilo irreal coaduna-se bem com a história, passada no asilo de criminosos de Gotham City, onde Batman deve enfrentar todos os seus inimigos. Além desta história, a linha Batman ganhou algumas adições onde se podiam contar histórias fora da continuidade geral, nomeadamente a antologia Legends of the Dark Knight, lançada em Novembro, e o que se passou a considerar o primeiro livro da linha Elseworlds, Batman: Gotham by Gaslight.

    Finalmente, 1989 foi também o ano de lançamento de uma nova linha de livros, de autores independentes, e com uma tendência mais experimentalista, denominada Piranha Press, cujas edições não tinham qualquer logótipo da DC na capa. As primeiras edições foram a graphic novel The Sinners, the Alec Stevens, a série antológica Beautiful Stories for Ugly Children, de Dave Louapre e Dan Sweetman, Etc., de Tim Conrad e Michael Davis, e Gregory, de Marc Hempel. Algum material da Piranha Press, nomeadamente Epicurus the Sage, de William Messner-Loebs e Sam Kieth, e Why I Hate Saturn, uma graphic novel de Kyle Baker, acabaram por ser republicados na Vertigo, anos depois. A Piranha Press continuou a editar até 1994, quando deu o seu lugar à semelhante Paradox Press.







    Conheça ou recorde as partes anteriores:
    Parte 3: Vertigo Pré-Vertigo: A história que antecede o selo: 1988
    Parte 2: Vertigo Pré-Vertigo: A história que antecede o selo: 1986-1987
    Parte 1: Vertigo Pré-Vertigo: A história que antecede o selo: 1982-1985
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