Quantcast
Channel: Leituras de BD/ Reading Comics
Viewing all articles
Browse latest Browse all 556

Lançamento Kingpin: Eu Mato Gigantes (com mini-entrevista)

$
0
0

A Kingpin vai lançar neste Anifest (dias 20 e 21 deste mês - Setembro) o livro de Joe Kelly e Ken Niimura.
I Kill Giants foi publicado originalmente num formato de série limitada pela Image em 2008, sendo colectado num TPB (capa mole) em Maio de 2009 e posteriormente em Novembro num Hardcover (capa dura).

E foi com um misto de espanto e alegria que tive tempos atrás a notícia que a Kingpin iria editar este livro em português, e também que Ken Niimura iria estar presente no Amadora BD!

Fiquem com a nota de imprensa da Kingpin Books, e uma pequena entrevista ao editor Mário Freitas:

EU MATO GIGANTES
(I KILL GIANTS)

Barbara Thorson é a tua nova heroína. Uma aluna do 5º ano, esperta e de língua afiada, que não tem medo de nada. E porque haveria de ter? Afinal de contas, ela é a única miúda da escola que anda com um martelo de guerra ancestral nórdico na mala e que vive a vida a matar gigantes. Pelo menos, é isso que ela conta por aí...

Mas onde será que termina a fantasia e começa a realidade no coração desta menina perturbada? Mais importante ainda: e se ela estiver a dizer a verdade?

Escrito por Joe Kelly (Ben10, Deadpool) e ilustrado de forma mágica pelo hispano-nipónico JM Ken Niimura, EU MATO GIGANTES foi galardoado com múltiplos internacionais e aclamado pelo público e pela crítica, que se renderam a esta história bizarra e agridoce de uma jovem rapariga que se debate para derrotar monstros, quer reais quer imaginários, à medida que o mundo que construiu com tanto empenho começa a desmoronar-se aos pés de gigantes de uma dimensão que nenhuma criança conseguirá alguma vez enfrentar.

Uma edição KINGPIN BOOKS
ISBN: 978-989-8673-07-7
Brochado, 19x24,5cm.
192 páginas, preto e branco.
PVP: 15,99EUR.
Preço de lançamento: 14,99EUR.

Mini-Entrevista ao editor Mário Freitas

1- Mário, este ano durante o Festival Internacional de BD de Beja publicaste em português o excelente “As Serpentes de Água” de Tony Sandoval e, agora, “Eu Mato Gigantes” (I Kill Giants) de Joe Kelly e Ken Nimura vai sair no Amadora BD. Dois livros de autores estrangeiros num só ano (2014).
A que é que se deveu este súbito estender editorial para o estrangeiro? Isto apesar da Kingpin no passado já ter publicado dois livros também de autores estrangeiros (Off Road e TX Comics).

- Tudo passa pela expansão da própria linha editorial porque, como bem referiste, nunca deixei de, aqui e ali, fazer algumas edições de material estrangeiro, sempre que surgia uma boa oportunidade. Agora procuro mais activamente essas oportunidades, dentro da tal estratégia de expansão, porque em última instância o que eu gosto é de editar bons livros, independentemente da proveniência dos autores.

2- Como escolhes os livros de autores estrangeiros para edição da Kingpin Books?

- Tudo começa pelas minhas preferências pessoais, porque se eu não acreditar naquilo que edito, dificilmente os outros irão acreditar e comprar os livros. Depois, depende das boas oportunidades pontuais que surjam, como sucedeu com a co-impressão, entre 4 paises, do “Serpentes de Água”, e das negociações com autores e editores serem vantajosas para todas as partes e chegarem a bom porto. Há, para já, outro factor a ter em conta, ainda: prefiro nesta fase apostar em álbuns completos, por oposições a séries, a não ser que sejam curtas e estejam já completas.

3- Podias dar-nos a tua opinião sobre este “Eu Mato Gigantes”?


- Vou plagiar-me a mim próprio e transcrever parte do que escrevi no posfácio do livro. Já lá vão quase 5 anos desde que li a versão original pela 1ª vez. Foi o meu primeiro contacto com a arte falsamente simples e rascunhada do Ken Niimura, que se tornou de imediato num dos meus artistas de eleição. Cada linha torta, cada pincelada desalinhada e cada face caricaturada encerram mais engenho e emoção do que múltiplas figuras supostamente perfeitas ou linhas traçadas a régua e esquadro que ainda hoje povoam muita da BD feita nos E.U.A. e na Europa. Não terá sido por acaso que o estilo ímpar do Niimura tenha inspirado o Kelly a escrever, provavelmente, a obra-prima da sua vasta carreira de argumentista. Nem terá sido por acaso que, ao terminar a leitura desta obra ímpar, terei dito para mim mesmo - então ainda um editor incipiente - “Um dia vou editar isto em Português.”. Quase 5 anos depois, isso aconteceu. Esta edição foi um labour of love, do formato ao design, com especial atenção à tradução. A adaptação da linguagem foi extensa, com o máximo cuidado de a adequar à nossa realidade e discurso corrente, sem esquecer a origem e cenário da narrativa. Em suma, é um livro belíssimo e que me marcou para sempre, até porque sei o que é ter de combater “gigantes” invencíveis desta natureza. É uma história poética, subtil, mas repleta de energia e que dificilmente deixará algum leitor indiferente; pelo menos os de bom gosto.


4- Podemos esperar da Kingpin Books mais edições de autores estrangeiros no futuro?

- Certamente. Para o ano, conto com mais um livro, pelo menos, do Tony Sandoval (“Os Ecos Invisíveis”, ilustrado pela italiana Grazia LaPadula). Estou também em negociações para edição de dois livros de autores brasileiros, e já estou de olho noutra edição muito recente de um popular autor canadiano que muito prazer me daria editar.

5- É sabido que a Kingpin Books aposta muito do seu esforço na publicação de bons artistas e autores nacionais, e também se sabe que tu estás sempre em cima dos livros que publicas como editor, isto para além da tua actividade de livreiro com a loja Kingpin. Agora tens mais esta vertente. Como consegues conciliar tudo isto e ainda organizares o Anicomics, e alguns pequenos eventos na loja?

- Porque não sou humano. Desci à terra acidentalmente, proveniente do planeta Namec, e o meu prato favorito são gatos. Tudo isto ajuda a que trabalhe bem e depressa e lide muito bem com deadlines (tendo até a ser preguiçoso, se não as tiver). Mas nem tudo é perfeito como eu gostaria e há sempre algo que nunca é devidamente actualizado e acompanhado como deveria, neste caso a malfadada loja online, o que é um paradoxo para quem começou exclusivamente desse modo, no penúltimo ano do século passado. Até assusta pensar nisso nestes moldes.

Obrigado pelas respostas Mário!

E agora mais oito páginas de Eu Mato Gigantes:














































































Só uma nota, a primeira imagem desta série de seis ficaria antes da página dupla, mas por uma questão de "arrumação" teve de ficar depois da referida página dupla. Sorry!

Boas leituras

Viewing all articles
Browse latest Browse all 556

Trending Articles